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CRIME NA ESCOLA DE MANDACARU: Violeta deve ter recebido Beatriz no outro plano - Por Paulo Santos

A menina Beatriz foi assassinada a tiros na sexta-feira

CRIME NA ESCOLA DE MANDACARU: Violeta deve ter recebido Beatriz no outro plano - Por Paulo Santos

mariaBeatriz

BEATRIZ, VIOLETA, O DIA 21

A menina Beatriz foi assassinada a tiros na sexta-feira (21).
Foi alvejada dentro da Escola Municipal “Violeta Formiga”.
A poetisa Violeta Formiga também foi assassinada a tiros e, também, num dia 21.
Mas em agosto de 1982.
O marido, com ciúmes, a matou e foi preso em casa quando ouvia música clássica.
Violeta deve ter recebido Beatriz para consolá-la.

POR QUE TANTA SURPRESA?

As pessoas estão ocupando as redes sociais estarrecidas com o assassinato de uma estudante de 15 anos que levou três tiros de um suposto ex-namorado no momento em que tomava água no bebedouro da escola que ambos frequentavam.
O espanto é natural.
É, mesmo, de deixar atônitos todos que não conhecem a realidade da banda violenta do bairro de Mandacaru.
Amigos que residem ali ou nos bairros vizinhos contam histórias tenebrosas de violência, sobretudo no horário noturno e nos dias onde funcionam alguns bailes sem qualquer aparato policial.
Esses mesmos amigos afirmam que, em alguns pontos de venda de drogas, até a Polícia tem receio de ir lá porque sempre é recebida a tiros, alguns de fuzil e outras armas de grosso calibre.
Nos bairros 13 de Maio e dos Estados alguns moradores acordam assustados, durante as madrugadas de sábados e domingos, não apenas pela algazarra que fazem os frequentadores desses bailes, mas também porque muitos baderneiros costumam resolver á tapa ou na bala as suas diferenças nos locais de divertimento.
Mas só pacatos moradores de Mandacaru e seus vizinhos têm conhecimento desses problemas?
Não. A Secretaria de Segurança tem pleno conhecimento de tudo o que acontece e nada faz para conter a violência naquele local.
Não há continuidade na presença de policiamento nas proximidades dos locais dos bailes nem acompanhamento dos baderneiros ao longo das ruas até os pontos de ônibus, sobretudo na Epitácio Pessoa.
A Polícia não poderia adivinhar que esse sujeito iria atentar contra a vida da ex-namorada, mas se houvessem blitzens sistemáticas em Mandacaru, dia e noite, dificilmente alguém – sobretudo que já teria preso por tráfico de drogas – andaria com uma arma na mochila.