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Os petistas não engolem essa história de apoio aos peemedebistas - Por Laerte Cerqueira

Em nome da harmonia entre os partidos que fazem parte da base aliada do governador eleito, Ricardo Coutinho (PSB), petistas e peemedebistas se mantém, aparentemente, quietos em seus cantos. Comportam-se de maneira amigável. Mas o que se observa nos bastidores e nas entrelinhas das declarações é uma disputa velada entre os partidos para ver quem terá mais peso na nova composição administrativa, que está sendo gestada por RC.

Os petistas não engolem essa história de apoio aos peemedebistas - Por Laerte Cerqueira

pt x pmdb

Disputa velada – ( Do Jornal da Paraíba ) – Em nome da harmonia entre os partidos que fazem parte da base aliada do governador eleito, Ricardo Coutinho (PSB), petistas e peemedebistas se mantém, aparentemente, quietos em seus cantos. Comportam-se de maneira amigável. Mas o que se observa nos bastidores e nas entrelinhas das declarações é uma disputa velada entre os partidos para ver quem terá mais peso na nova composição administrativa, que está sendo gestada por RC. Os petistas não gostam e não engolem essa história dos peemedebistas de dizer que sem o apoio deles, no segundo turno RC, não ganharia a eleição. Na concepção de lideranças do Partido dos Trabalhadores, foram eles que garantiram a força e o crescimento de Ricardo ainda no primeiro turno. “Nós apostamos no projeto da reeleição quando Ricardo estava com 18%, 20% atrás nas pesquisas, ainda no primeiro turno. O PMDB apoiou quando a diferença era 1%, já com perspectiva de vitória”, diz uma liderança petista de primeira “linhagem”.

O entendimento deles é que o PMDB e seus caciques têm tentado demarcar território com o discurso de que sem eles Ricardo não superaria o adversário Cássio Cunha Lima (PSDB). As declarações de que teriam sido “parteiros” do segundo governo socialista são uma maneira de força-lo a reservar um “bom quinhão” na hora de repartir os espaços no próximo mandato. Os dois partidos, mesmo com suas lideranças declarando que RC está livre para fazer as convocações, trabalham internamente e mandam seus recados nas entrevistas por aí. A última, por exemplo, foi do principal nome do PMDB, o senador José Maranhão, que de maneira subliminar disse que espera uma gratidão de Ricardo do tamanho do PMDB.
Internamente, as duas legendas agem do mesmo jeito tentando apaziguar as vozes dos dissidentes, para evitar ranhuras, para não irritar o dono da caneta, que já mostrou que não gosta de pressão e é temperamental quando é obrigado, pela natureza da política, a partir para o “toma lá da cá”. De fato, foi para receber que petistas e peemedebistas deram e, queiram ou não, os socialistas precisam retribuir. Vão ter que diminuir o tamanho do domínio e dividir o latifúndio com os parceiros de primeira hora e de segunda hora.
Baixou
Há um mês, o litro da gasolina no Recife custava entre R$ 1,85 e 3,00. Lá, o combustível baixou para R$ 1,75 a 1,85, nos postos da BR-101.

Errado
Incrivelmente, em JP, a gasolina em alguns postos passa dos R$ 3,00. Foi um das poucas vezes que vi a gasolina mais cara aqui do que lá. Há algo errado.

 

Ventos do litoral

A região metropolitana está muito quente, mas tem trazido os ventos que devem colocar o ex-candidato ao Senado, Lucélio Cartaxo (PT), num porto seguro. Cartaxo teve mais 500 mil votos, boa parte no litoral, e deve ficar por aqui, mais próximo do mar, entre embarcações e, talvez, futuros eleitores. Deve atracar nos próximos dias no cargo.
Sem garantias
O secretário de Planejamento da PB, Thompson Mariz, disse ontem ao repórter Lenilson Guedes que o governo não tem como garantir R$ 235 milhões a mais no orçamento do Legislativo e Judiciário, TCE, MP e DP.

Faltar
De acordo com o reitor o ex-reitor da UEPB, se o Executivo fizer isso, vai faltar dinheiro para o estado investir em programas essenciais para o governo, em áreas como saúde e educação.
Arrocho
Se conseguir provar que esse é o motivo do arrocho nos Poderes, RC pode sair mais forte que entrou nessa briga e ganhar o apoio da opinião pública. Afinal, a população ainda não engole os “famosos benefícios extras” dos deputados e de integrantes do judiciário.
Mania
Mas de for apenas “birra”, ou mania de controle, RC pode estar entrando em mais uma briga desnecessária com integrantes do MP, TCE e Defensoria Pública.
Maioria
Está ficando cada vez mais forte o movimento de RC para conseguir maioria e a presidência da AL. Se isso acontecer, ano que vem “reverte” derrubadas de vetos e “reapresenta” matérias derrubadas.
Resistindo
A lista dos parlamentares que podem apoiar o deputado estadual reeleito Adriano Galdino (PSB) para presidente da AL chegou a 20 nomes.


Resistência

Estariam resistindo dois petistas, Anísio Maia e Frei Anastácio, e os peemedebistas Raniery Paulino e Trócolli Júnior. Segundo Gervásio Maia (PMDB), o deputado do PP, Galego de Sousa, já se rendeu. Parece que foi fácil.
Voto aberto
Com lista ou sem lista, o que a população espera agora é uma votação para presidente aberta, sem que ninguém esconda suas “negociatas” atrás do voto secreto.