Quadrilha dá “ajudinha” após paraibana suspeita de fraudar concurso não saber que havia segunda fase; veja a conversa

Paraíba - A investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal sobre o esquema de fraudes em concursos públicos revelou um detalhe que virou motivo de comentários nas redes sociais: a jovem de Patos, suspeita de envolvimento na quadrilha que vendia gabaritos, não sabia que o concurso para Auditor Fiscal do Trabalho (AFT) tinha uma segunda fase.

De acordo com as mensagens apreendidas pela PF, os próprios integrantes da organização criminosa ficaram preocupados quando perceberam que a candidata, que havia ficado em segundo lugar no certame, desconhecia a existência do curso de formação, etapa obrigatória para a posse no cargo.

Nas conversas, um dos suspeitos chega a orientar o pai da jovem a “comprar uma apostila e mandar ela estudar”, numa tentativa de disfarçar o golpe e evitar que ela chamasse atenção durante o treinamento.

O episódio acabou repercutindo nas redes sociais, onde a candidata passou a ser alvo de críticas e ironias. Muitos internautas a chamaram de “burra”, destacando a contradição de alguém que supostamente teria alcançado o segundo lugar nacional sem sequer saber todas as fases do concurso.

Detalhes da fraude e repercussão

A jovem é apontada como uma das principais beneficiadas do esquema que vendia gabaritos por até R$ 500 mil. Segundo as investigações, outros três candidatos também são suspeitos de envolvimento direto na fraude, e pelo menos seis provas apresentaram gabaritos idênticos, totalizando dez possíveis casos de manipulação no Concurso Nacional Unificado (CNU) 2024.

A Polícia Federal segue analisando os indícios e não descarta novas prisões e denúncias nas próximas etapas da apuração.