Aconteceu nesta segunda-feira o primeiro debate com os candidatos à presidência da República na TV. Realizado nos estúdios do Grupo Bandeirantes, o evento foi comandado pelo experiente jornalista Ricardo Boechat.
Ok, debate não é tapete vermelho ou desfile da São Paulo Fashion Week, m
as fiquei surpresa com o planejamento da aparência dos políticos. Foram poucos erros nos looks. Não sei se pela tradição do evento, pela formalidade e seriedade do encontro ou pelo respeito ao público, mas até a presidente Dilma Rousseff, altamente criticada por repetir figurinos nos últimos tempos, acertou no visual.
Levy Fidelix, o primeiro candidato a chegar aos estúdios da Band, apostou no preto. Usando a cor no terno e na gravata, combinando com os bigode e os cabelos escuros, o visual do candidato ficou um tanto pesado no vídeo. É possível melhorar.
A candidata à reeleição Dilma Rousseffescolheu calça preta e um belo blazer creme, com gola trabalhada. Ficou chique. Nos acessórios, um tradicional colar de pérolas, que alongou o pescoço, e brincos do mesmo material. A maquiagem e o cabelo estavam impecáveis. Ponto para a presidente.
Marina Silva (PSB) chegou à Band vestindo calça preta e blusa off-white com abotoamento duplo e um colar de metal. No estúdio, colocou uma echarpe bege por cima de seu casaco e óculos de armação vermelha. No segundo bloco, retirou a pashmina e os óculos. Depois, voltou a colocar as lentes. Depois, tirou. Essa mudança toda de guarda-roupa e o tira-e-põe dos óculos (vermelhos) distraiu os espectadores: ponto negativo.
Dentre as mulheres, a ex-deputada federalLuciana Genro (PSOL) foi a única a não vestir cores neutras na parte de cima do figurino. A gaúcha optou por um blazer coral/melancia, que a destacou bastante dos painéis de LED do cenário, em tons de azul. Já a maquiagem não favoreceu a candidata. As pálpebras ficaram brilhando, a sombra não combinou com a paleta de cores de seu figurino e ainda chamou demais a atenção, ao invés de realçar a cor de seus olhos e a expressão de seu olhar.
O candidato do PSDB Aécio Neves optou por um bonito terno cinza médio, com lapela mais fina, camisa branca e gravata azul cobalto. Ficou moderno e correto. Perfeito.
Errou na gravata o Pastor Everaldo (foto abaixo, à direita). O terno marinho com a camisa em um tom de azul médio funcionou bem no vídeo. Mas a gravata listrada ficou com uma cor estranha na tevê e na internet. Simplesmente, não combinava com o resto. Na lapela, o pin do PSC. É simpático os candidatos usarem pins de seus partidos, mas uma bandeira do Brasil não seria mais “presidenciável”?
O candidato do Partido Verde Eduardo Jorge foi o único a não usar terno. O médico e ex-deputado federal preferiu uma camisa com discretas listrinhas azuis. Na televisão, ficou bonita. Já na internet, as listras flicavam sem parar (foto a
o lado).Como acessório, uma pulseirinha verde no braço esquerdo. Na atitude, o político foi tão informal quanto seu figurino, e surpreendeu até o mediador. Deu respostas inusitadas e supercurtas, arrancou risadas da plateia e ainda chamou todos os candidatos de você. Leva uma nota 6.
Fotos: Reprodução