Às vésperas da votação do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), demonstrou confiança em uma aprovação expressiva.
“Acho que teremos mais de 400 votos”, disse o deputado à coluna de Amanda Klein, do UOL.
O texto prevê isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais e descontos para rendimentos de até R$ 7.350, além de taxação progressiva sobre altas rendas, que pode chegar a 10% para salários anuais acima de R$ 1,2 milhão.
Partidos de oposição, especialmente o PL, devem apresentar destaques para ampliar a faixa de compensação para até R$ 10 mil mensais e retirar a cobrança progressiva sobre rendas superiores a R$ 50 mil. Lindbergh, porém, vê as chances como nulas.
“Arthur Lira (relator) pode dizer que não vai acolher. É inconstitucional. E tem decisão do STF dizendo que não pode criar isenção sem ter compensação devida. Está na Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou.
Segundo o petista, apenas PL e Novo devem se opor de forma mais dura:
“Esperamos que os partidos do centrão votem conosco.”
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), também demonstrou confiança de que o texto será aprovado “sem desidratação”. No Ministério da Fazenda, auxiliares do ministro Fernando Haddad consideram a proposta o principal projeto do ano para o governo Lula e avaliam que ela deve passar sem alterações relevantes.