Os jornalistas que cobrem o Departamento de Guerra (chamado de Departamento de Defesa até a mudança assinada por Trump no começo de setembro) nos Estados Unidos precisarão assinar um documento que os obriga a submeter reportagens à pasta antes de publicá-las, sob a pena de ter o acesso ao prédio suspenso caso se neguem.
O Clube Nacional de Imprensa dos EUA criticou a nova medida que restringe a cobertura das Forças Armadas, chamando-a de “ataque direto ao jornalismo independente”. O presidente Mike Balsamo destacou que repórteres do Pentágono sempre informaram o público sem precisar da aprovação do governo e alertou que, com a censura, a sociedade receberá apenas a versão oficial.
““[O público] está recebendo apenas o que as autoridades querem que ele veja. Isso deveria alarmar todos os americanos. Reportagens independentes sobre as Forças Armadas são essenciais para a democracia”, declarou
A medida, criticada por entidades de imprensa, foi defendida pelo secretário de Defesa, Pete Hegseth, que afirmou “a imprensa não comanda o Pentágono” e que os jornalistas devem “usar um crachá e seguir as regras — ou ir para casa”.
Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou ainda o cancelamento de licenças de rádios e televisões que criticam o governo. Ao embarcar no Reino Unido de volta a Washington na quinta-feira (18), o chefe do executivo disse a jornalistas que o órgão responsável pelas licenças de emissoras de radiodifusão deveria discutir as autorizações de canais que só fazem criticar o presidente do país.