O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou, nesta quinta-feira(18), a conversão da petição 10.064/DF em inquérito policial. A decisão do magistrado acolhe um requerimento da Polícia Federal (PF), visando aprofundar as investigações sobre indícios de crimes contra a administração pública.
A princípio, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid foi a responsável por apontar os dados em questão.
Na ocasião, o ex-presidente, Jair Bolsonaro e outros 23 aliados serão alvos do inquérito após indiciamento pela CPI da Covid. Para Dino, a CPI revelou fortes indícios de crimes contra a administração pública.
“Notadamente em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de “fachada” para prestação de serviços genéricos ou fictícios, dentre outros ilícitos mencionados no relatório da CPI”, disse o ministro em decisão.
A Polícia Federal solicitou a instauração do inquérito para dar prosseguimento ao caso, e pediu um prazo para a realização de diligências, como a oitiva dos envolvidos e outras medidas que se mostrem necessárias. Ao acolher o requerimento, Dino estabeleceu um prazo inicial de 60 dias para o processo investigativo.
Em suma, além de Bolsonaro, existem outros nomes em potencial para se tornarem alvos do inquérito. Por exemplo, Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro, Carlos Bolsonaro, Bia Kicis, Carla Zambelli, o blogueiro Allan Santos, o ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins e o empresário, Luciano Hang.