Paraíba - O Ministério Público Eleitoral, em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPPB) e a Polícia Federal, ofereceu denúncia criminal no âmbito da Operação Território Livre, deflagrada para desarticular um esquema de cooptação ilícita do processo eleitoral em João Pessoa.
De acordo com as investigações, uma organização criminosa formada por agentes políticos, servidores públicos e membros da facção Nova Okaida atuava no controle territorial de bairros da capital, como São José e Alto do Mateus, restringindo por meio de intimidação e violência a livre manifestação política e o direito de voto.
Em troca, líderes do grupo criminoso e familiares eram beneficiados com cargos e vantagens na administração municipal, em um ciclo de favorecimentos ilícitos.
A denúncia foi recebida pelo Juízo da 1ª Zona Eleitoral contra Maria Lauremília Assis de Lucena, Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, Raíssa Gomes Lacerda Rodrigues de Aquino, Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, Keny Rogeus Gomes da Silva (vulgo “Poeta” ou “Negrão”), Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos, Taciana Batista do Nascimento, David Sena de Oliveira (vulgo “Cabeça”), Josevaldo Gomes da Silva e Jonatan Dario da Silva.
As provas reunidas incluem interceptações telefônicas, mensagens eletrônicas, documentos oficiais e apreensão de valores em espécie, evidenciando a infiltração da criminalidade organizada no processo democrático.
Combate à corrupção eleitoral
Com o recebimento da denúncia, o Ministério Público, a Polícia Federal e o sistema eleitoral reafirmaram o compromisso de garantir a lisura das eleições, a liberdade do voto e a proteção das instituições democráticas.