Opinião

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: A fundação da Academia Paraibana de Letras - Por Sérgio Botelho

No dia 14 de setembro de 1941 um grupo de intelectuais se reuniu na Biblioteca Pública do Estado para fundar a Academia Paraibana de Letras.

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: A fundação da Academia Paraibana de Letras - Por Sérgio Botelho

No dia 14 de setembro de 1941 um grupo de intelectuais se reuniu na Biblioteca Pública do Estado para fundar a Academia Paraibana de Letras.

Naquele histórico endereço da General Osório, esquina com a Peregrino do Carvalho, o encontro terminou por criar a entidade e escolher para sua presidência o diretor-geral da Biblioteca, o notável Coriolano de Medeiros.

Afinal, era ele o maior articulador da nova entidade e foi ele quem conduziu os trabalhos de criação da APL. Na ata, o registro para a história sobre o significado da Academia, a de “perpetuar as tradições literárias da Paraíba”.

Até aquela data a vida intelectual paraibana se manifestava por meio de clubes e associações literárias, além do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), existente desde 1905.

O núcleo fundador, além de Coriolano de Medeiros, reuniu Mathias Freire, Horácio de Almeida, Luiz Pinto, Rocha Barreto, Álvaro de Carvalho, Durwal Albuquerque, Veiga Júnior, Celso Mariz e Hortêncio Ribeiro, este por procuração.

A APL adotou um emblema criado por Mathias Freire e desenhado por Eduardo Stuckert. O sol estilizado simboliza talento e inteligência. O lema latino ficou “Decus et Opus”, traduzido como Estética e Trabalho.

O número de cadeiras começou com onze. Passou a trinta e, enfim, a quarenta cadeiras, todas com patronos da tradição paraibana. A sede, porém, foi conquista paciente.

As primeiras reuniões aconteceram na Biblioteca Pública e em residências de acadêmicos. Depois veio uma sala no Teatro Santa Roza. A virada ocorreu com a compra do casarão n.º 25 da Rua Duque de Caxias.

Em 1981, com apoio do governo Tarcísio Burity, o imóvel vizinho de n.º 37 foi incorporado. Nasceu o conjunto hoje chamado Casa de Coriolano de Medeiros, celebrando definitivamente o seu fundador.

Em 1984, o presidente Luiz Augusto Crispim criou o Memorial Augusto dos Anjos. O acervo foi revitalizado no aniversário de 60 anos da instituição e novamente nos anos 2010. Na entrada, uma estátua em bronze do poeta recebe os visitantes.

Hoje, a APL mantém biblioteca, memorial, sessões solenes e ações formativas. A casa integra a rede de academias do país e segue como ponto de encontro de pesquisadores, escritores e leitores.

Fonte: Sérgio Botelho
Créditos: Polêmica Paraíba

Sérgio Botelho

Sergio Mario Botelho de Araujo Paraibano, nascido em João Pessoa em 20 de fevereiro de 1950, residindo em Brasília. Já trabalhou nos jornais O Norte, A União e Correio da Paraíba, rádios CBN-João Pessoa, FM O Norte e Tabajara, e TV Correio da Paraíba. Foi assessor de Comunicação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.

Sergio Mario Botelho de Araujo Paraibano, nascido em João Pessoa em 20 de fevereiro de 1950, residindo em Brasília. Já trabalhou nos jornais O Norte, A União e Correio da Paraíba, rádios CBN-João Pessoa, FM O Norte e Tabajara, e TV Correio da Paraíba. Foi assessor de Comunicação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.