
Bem que eu gostaria de estar escrevendo sobre outro assunto: falar da Preta Gil, do seriado Yellowstone, ou da pujança de Campina Grande. Falar sobre as belas praias do nosso estado ou sobre a banda Biquini, que no palco realiza o mais vibrante show dentre todas as bandas pátrias. Mas, infelizmente, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, não permite.
Atuando em todas as posições, faz parecer inútil a presença dos outros dez ministros na Corte. Seu comportamento diante de casos rumorosos, não raro, faz os cabelos da nuca se eriçarem. Surpreende-me a “cumplicidade” de seus colegas e o silêncio comprometedor dos parlamentares notadamente dos senadores, a quem compete julgar ministros do STF por crimes de responsabilidade, que podem resultar em impeachment.
Acabo de ler que o preclaro julgador proibiu manifestações em frente ao STF, na Praça dos Três Poderes, na Esplanada e até em frente aos quartéis. Como de costume, ameaçou com prisão aqueles que descumprirem sua ordem , inclusive os deputados federais que já protestavam no local. A fundamentação é ainda mais espantosa que a decisão em si: evitar violência e impedir que as manifestações assumam caráter golpista.
Ou seja, o ministro, supondo a ocorrência de um fato imaginário, proíbe o cidadão de exercer seu sagrado direito à manifestação, assegurado expressamente pela Constituição Federal de 1988.
Artigo 5º, inciso XVI:
“Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.”
Veja que o direito de reunião ( manifestação) não precisa de autorização. No caso, ela foi desautorizada. Quem entende? É tudo muito estranho e parece que essas anomalias não têm prazo pra terminar. Quem sabe em 2026?
Um bom fim de semana pra todos nós.