Nas últimas semanas, por meio do julgamento do ex-presidente, Jair Bolsonaro, muitos especulam sobre sua possível prisão, a qual, segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, pode ocorrer a qualquer momento. Assim, o Polêmica Paraíba lista agora, os oito ex-presidentes do Brasil que já obtiveram condenação e foram posteriormente presos.
Ex-presidentes presos
Michel Temer (2019)
O ex-presidente do Brasil, Michel Miguel Elias Temer Lulia (MDB), acabou sendo preso por conta da Operação Lava Jato do Rio de Janeiro, em março de 2019. Naquele ano, o delator do processo, José Antunes Sobrinho, confessou ter repassado cerca de R$ 1,1 milhão em propina.
O receptor seria o Coronel Lima, amigo militar de Temer e do ex-ministro Moreira Franco (MDB). Este serviria de intermediário para que o ex-presidente recebesse o montante de um esquema de corrupção envolvendo a construção da usina Angra 3.
Lula (2018)
Em abril de 2018, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), acabou sendo preso por suposta lavagem de dinheiro e corrupção passiva. A ação ocorreu devido a compra do triplex no Guarujá feita com dinheiro originário de um esquema de corrupção da Petrobrás.
Na época, a condenação de Lula foi em segunda instância de 12 anos e um mês de prisão. Porém, após um ano e sete meses no cárcere, obteve sua soltura depois do Supremo Tribunal Federal considerar a sentença como inconstitucional.
O Ministro, Edson Fachin, anulou em março de 2021 todas as condenações relacionadas a Lula. A justificativa do magistrado seria de que o tribunal responsável pelo julgamento não tinha competência jurisdicional para avaliar o caso em questão.
Jânio Quadros (1968)
De maneira oficial, Jânio nunca foi preso, mas condenado após ato de confinamento em Corumbá (MS), por 120 dias, em julho de 1968. Dentre os motivos da publicação do decreto oficial, estão as declarações que o ex-presidente havia feito.
Jânio, que momentos antes perdeu seus direitos políticos graças ao golpe militar de 1964, foi publicamente à imprensa criticar o regime, o que lhe rendeu a perda de seu mandato.
Juscelino Kubitschek (1967)
Governando o Brasil entre os anos de 1956 a 1961, JK, logo após o golpe de 64, ele acabou sendo acusado por corrupção e aliança com comunistas pelos militares. Assim, teve seus direitos políticos suspensos.
Em 1967, participou ativamente da Frente Ampla pela volta da democracia no Brasil, o que o levou ao cárcere, permanecendo ali por alguns dias. Posteriormente, passou por um período em prisão domiciliar.
Café Filho (1954)
Popularmente conhecido como Café Filho, João Fernandes era vice-presidentes na época em que Getúlio Vargas cometeu suicídio, em 1954, assumindo a titularidade do cargo. Entretanto, um anos depois, Café sofreu um ataque cardíaco, fato que o afastou de sua função como presidente.
Contudo, no momento em que voltava para a presidência, acabou sendo cercado por um grupo de militares em seu apartamento. Estes, ordenavam a posse de JK. Dessa forma, Café Filho continuou preso em sua residência até que o STF confirmasse a renúncia oficial do então presidente.
Artur Bernardes (1932)
Natural de Minas Gerais, o 12º presidente do Brasil, Artur Bernardes, sofreu forte oposição desde o primeiro instante como eleito. A consequência disso foi a realização do Levante do Forte de Copacabana e o início do movimento tenentista.
Sua prisão ocorreu em setembro de 1932, quando partiu para o exílio em Portugal, permanecendo cerca de um ano e meio no cárcere.
Washington Luiz (1930)
Sendo o último presidente oficial da Velha República, Washington Luiz esteve a frente do Governo entre 1926 a 1930. Em seu último ano de mandato, sofreu um golpe de estado liderado por Getúlio Vargas e foi encaminhado para a prisão no Forte de Copacabana.
Assim, Washington partiu pouco tempo depois para o exílio na europa, o que o desmotivou ao ponto de nunca mais atuar no meio político.
Hermes da Fonseca (1922)
Ao governar o Brasil em uma época de muitos conflitos no país, Hermes da Fonseca, no seu primeiro ano de gestão, em 1910, já enfrentou dificuldades. O ex-presidente esteve diante Revolta da Chibata, movimento em que grupos militares da Marinha que pediam o fim do uso de chibatas em seu local de trabalho.
Já em 1922, como ex-presidente, houve a decretação de sua prisão pelo então titular do cargo, Epitácio Pessoa. A razão para sua condenação seria sua crítica a uma medida de intervenção federal que acontecia no estado de Pernambuco.