O Sítio Arqueológico Itacoatiaras do Rio Ingá, conhecido popularmente como Pedra do Ingá, está prestes a receber um novo status de proteção ambiental.
Localizado no município de Ingá, no Agreste paraibano, o local poderá ser oficialmente reconhecido como Monumento Natural, uma categoria de Unidade de Conservação (UC) que assegura proteção integral e gestão sustentável.
Na última sexta-feira (18/07), equipes técnicas da Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Paraíba (Semas) realizaram uma visita técnica à área com o objetivo de diagnosticar suas necessidades estruturais e ambientais.
A ação é parte do processo de elaboração das estratégias de preservação do patrimônio arqueológico, valorização cultural e incentivo ao desenvolvimento sustentável da região.
Durante a visita, os técnicos também ouviram representantes da comunidade local e guias turísticos, buscando incorporar saberes e experiências ao planejamento da nova UC. Ao longo do mês, a Semas continuará os estudos e mapeamentos necessários para subsidiar a criação da nova unidade.
Segundo Thiago Silva, gerente-executivo de Áreas Protegidas, Biodiversidade e Gestão Costeira da Semas, o reconhecimento do local como Monumento Natural representa um avanço significativo.
“Essa mudança representa um marco para a preservação do patrimônio natural, contemplando tanto os sítios arqueológicos quanto a vegetação de transição entre Mata Atlântica e Caatinga. Além disso, será possível realizar, posteriormente, a criação do Plano de Manejo da Unidade de Conservação, instrumento fundamental para a gestão sustentável da área”, afirmou.
Impacto do Novo Status de Proteção
A secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Rafaela Camaraense, também destacou os impactos positivos da mudança para a região. Segundo ela, o novo status ampliará as possibilidades de captação de recursos, investimentos em infraestrutura e desenvolvimento de atividades voltadas ao turismo sustentável.
“Essa mudança abre caminho para o fortalecimento do turismo sustentável e da valorização cultural, gerando benefícios diretos para a comunidade local por meio de geração de renda, educação ambiental e incentivo à pesquisa científica. Permitirá também a captação de recursos públicos e privados, além da formação de parcerias estratégicas com instituições de ensino, organizações não governamentais e órgãos nacionais e internacionais voltados à conservação do patrimônio”, ressaltou Rafaela.
Pedra do Ingá
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o sítio arqueológico é considerado um dos mais importantes do país.
A Pedra do Ingá abriga uma série de inscrições rupestres em baixo-relevo, cuja origem, idade e significado seguem sendo objeto de estudo por pesquisadores e arqueólogos.
Com a transformação em Unidade de Conservação, a expectativa é de que o sítio arqueológico receba atenção ainda maior, aliando proteção ambiental, valorização histórica e desenvolvimento sustentável.