Paraíba - Os produtores de mandioca de seis municípios da Borborema avaliam que o cultivo de 9,6 toneladas por hectare pode ser ampliado a até 35 toneladas para os próximos anos, o que representa mais do que o triplo da atual produção. Com o objetivo de impulsionar a atividade, o Banco do Nordeste (BNB) e entidades parceiras lançaram o Plano de Ação Territorial (PAT) do Prodeter da Mandiocultura em julho, no município de São Sebastião de Lagoa de Roça.
O polo da Borborema busca desenvolver o cultivo e beneficiamento da mandioca, com envolvimento direto da agricultura familiar. Considerado um alimento secular e versátil, os componentes da mandioca são aproveitados para variados fins, devido ao teor de amido que integra sua composição. Da casa de farinha a itens cosméticos, o beneficiamento da mandioca contempla a produção de cerveja, etanol automotivo e farmacêutico, iogurtes, tintas e inseticidas.
Integrante do Prodeter da Mandiocultura, o coordenador do Plano Estadual de Fortalecimento e Desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais da Paraíba (Planes-PB) e do Arranjo Produtivo da Mandioca, Adelaido de Araújo Pereira, ressalta o potencial econômico dessa cultura, com valor agregado a partir da instalação de agroindústrias e processamentos, transformando a mandioca em variados tipos de farinha, beijus, tapiocas, féculas e rações para animais.
“Todo esse potencial pode ser desenvolvido nas propriedades familiares, num ciclo virtuoso de promoção da vida digna para os agricultores familiares, e levando produtos de valor agregado para o consumo do púbico”, destaca Adelaido.
A agente de Desenvolvimento do BNB, Patrícia Neves, integra a mobilização das entidades e produtores na região para oferta de crédito direcionado a impulsionar a atividade. Os municípios envolvidos são Areial, Esperança, Lagoa Seca, Montadas, Puxinana e São Sebastião de Lagoa de Roça.
“As operações de crédito do BNB são oriundas do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) voltados à agricultura familiar, mas também podem ser aplicados para a instalação de empresas e agroindústrias que se utilizam de componentes da mandioca para o desenvolvimento de produtos”, ressalta a agente de Desenvolvimento.
O Prodeter da Mandiocultura da Borborema conta com atuação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (Empaer), Instituto Nacional do Semiárido (Insa) e Universidades Estadual e Federal da Paraíba.
Assessoria