O mercado financeiro brasileiro registrou um dia histórico nesta quinta-feira (3), com o Ibovespa atingindo o maior nível de sua história, aos 140.927 pontos, e o dólar recuando 0,29%, cotado a R$ 5,40, no menor patamar desde 11 de junho de 2024.
A movimentação positiva no Brasil acompanhou o otimismo nas bolsas internacionais. Nos Estados Unidos, os principais índices também fecharam em alta: o S&P 500 subiu 0,83%, o Dow Jones avançou 0,77%, e o Nasdaq, voltado ao setor de tecnologia, cresceu 1,02%, todos influenciados pelo robusto desempenho do mercado de trabalho norte-americano.
Segundo dados divulgados pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS), os EUA criaram 147 mil empregos em junho, superando com folga a expectativa de 110 mil vagas. Para analistas, o dado afasta o risco de recessão e renova o otimismo global com o crescimento econômico.
Impacto no Brasil
A boa notícia nos EUA incentivou investidores a assumirem mais riscos globalmente, favorecendo países emergentes como o Brasil. “Isso beneficiou o Ibovespa, que renovou sua máxima histórica, e também o real”, avaliou Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad.
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Já o economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, destaca que, apesar do dólar ter se fortalecido frente a moedas de países desenvolvidos, houve entrada de capital estrangeiro nos emergentes. “Brasil e México foram na contramão e viram suas moedas se valorizar frente ao dólar”, disse.
Tendência favorável aos emergentes
Para Costa, esse movimento reflete uma rotação de carteiras por parte dos investidores internacionais, que estão direcionando recursos para economias emergentes. “O Brasil tem sido um dos principais beneficiados, e isso se reflete na valorização do real e no desempenho da Bolsa”, concluiu.
O resultado reforça a atratividade do mercado brasileiro diante do cenário internacional, com os dados dos EUA funcionando como gatilho para um dia de recordes e recuperação da confiança.
