
Paraíba - Um grupo composto por pré-candidatos à Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) está em fase avançada de articulação para montar uma chapa proporcional competitiva nas eleições estaduais de 2026. A meta é clara: eleger ao menos cinco deputados estaduais. As conversas giram em torno de três possíveis legendas: Podemos, Republicanos e Solidariedade.
Neste mês de julho, uma nova reunião deve acontecer para definir os próximos passos. De acordo com o ex-prefeito de Sousa, André Gadelha, que integra as articulações, os diálogos com dois partidos estão mais avançados: Podemos e Republicanos.
“Estamos conversando e vamos marcar outra reunião ainda este mês. Já tivemos diálogo com Leo e Romero para que todos se filiem ao Podemos, mas aguardamos a definição da federação com o PSDB – se iria acontecer – para entender a situação dos deputados de mandato”, afirmou Gadelha.
Ao mesmo tempo, o Republicanos surge como uma alternativa viável. Segundo Gadelha, houve uma conversa positiva com o presidente estadual da legenda, deputado Adriano Galdino. A sigla já reúne deputados estaduais de destaque, mas ainda há espaço para novos nomes que possam fortalecer a legenda e ampliar uma cauda eleitoral competitiva.
“A conta é clara: com os deputados que o Republicanos possui, já garantimos a eleição de sete. Se nossos 14 pré-candidatos entrarem e cada um somar, em média, 10 mil votos, podemos ultrapassar os 500 mil votos e alcançar um desempenho expressivo”, calculou Gadelha.
O grupo também manteve contato com o Solidariedade, mas o diálogo ainda não evoluiu. Uma nova rodada de negociação está prevista para este mês.
Critérios e diretrizes internas
O grupo tem regras bem definidas. Uma das principais é a exclusão de deputados com mandato – todos os pré-candidatos são nomes novos ou que não ocupam atualmente cadeiras na Assembleia. Além disso, os integrantes precisam ter densidade eleitoral semelhante, a fim de manter o equilíbrio da chapa.
Outro ponto importante: os membros do grupo são livres para apoiar os candidatos de sua preferência para o Governo do Estado, o Senado e a Câmara Federal, o que demonstra uma aliança focada na eleição proporcional, não na majoritária.
“Tem gente da oposição e da situação no nosso grupo. Cada um escolhe em quem votar, sem interferência do partido”, explicou Aledson Moura, uma das lideranças.
Projeção otimista
Com 14 nomes confirmados e mais seis em negociação, o grupo trabalha para consolidar sua força política antes do prazo das convenções. Caso a escolha recaia sobre o Republicanos, os pré-candidatos se somariam à estrutura partidária já existente, fortalecendo a legenda para a disputa proporcional.
A decisão final sobre a legenda também passa pela eventual candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, ao Governo da Paraíba. Caso Galdino entre na disputa majoritária, a configuração interna do Republicanos poderá ser alterada.
Apesar da indefinição partidária, a coesão do grupo e a estratégia coletiva são os principais ativos desta articulação, que vem ganhando destaque nos bastidores da política paraibana.