
Um paraibano que viajava de Fernando de Noronha para São Paulo viveu momentos de tensão na manhã deste domingo (29), quando o avião da Gol Linhas Aéreas em que ele estava atolou no pátio do aeroporto da ilha após o asfalto ceder durante o taxiamento.
O incidente envolveu o voo G3 1776, que havia feito o trecho Recife–Noronha e se preparava para seguir ao Aeroporto de Guarulhos. De acordo com o relato do passageiro, a aeronave se deslocava lentamente pela pista quando parou de forma inesperada. “O avião estava seguindo pela pista quando parou.
Tempo depois, o piloto comunicou que tínhamos que sair da aeronave, porque o trem de pouso afundou no asfalto”, contou o viajante. Mais de 100 passageiros, incluindo o paraibano, precisaram desembarcar e aguardar enquanto equipes da concessionária que administra o terminal trabalhavam na remoção do avião e na correção do pavimento danificado.
Segundo a Gol, após inspeção técnica, o voo pôde seguir viagem normalmente. Ninguém ficou ferido.
Problema recorrente
Este é o segundo incidente semelhante em menos de uma semana no Aeroporto de Fernando de Noronha. No último dia 22, um avião da companhia Azul também teve o trem de pouso afundado no mesmo pátio, levantando sérias preocupações quanto à estrutura do aeroporto.
Problemas no aeroporto de Fernando de Noronha
A empresa responsável pela administração do terminal, Dix Aeroportos, afirmou em nota que o problema foi causado pela falta de conclusão das obras de requalificação da área de movimento da pista, que inclui trechos essenciais para o pouso, decolagem e taxiamento das aeronaves.
Gol e concessionária se pronunciamEm nota oficial, a Gol reforçou que todas as medidas de segurança foram adotadas e que a integridade dos passageiros é sempre prioridade. Já a Dix Aeroportos cobrou celeridade na finalização das obras, destacando que os episódios colocam em evidência a urgência na reestruturação da infraestrutura aeroportuária da ilha.
O caso reacende o debate sobre as condições do aeroporto de Fernando de Noronha, considerado um dos principais acessos ao arquipélago turístico e estratégico do Brasil. Autoridades locais ainda não se manifestaram sobre uma possível interdição ou aceleração das obras pendentes.