Crime

Babá é presa suspeita de dopar bebê por dias para não trabalhar, diz polícia

Babá é presa suspeita de dopar bebê por dias para não trabalhar, diz polícia

A Polícia Civil do Pará investiga um caso grave de possível dopagem de um bebê de 11 meses por uma babá, que teria administrado medicamentos psiquiátricos à criança com o objetivo de reduzir o trabalho durante o expediente noturno. O caso foi denunciado pelos pais da criança, que notaram comportamentos atípicos, como sono excessivo e dificuldade para manter os olhos abertos.

Segundo o delegado Theo Shüler, responsável pela investigação, há indícios de que a babá tenha utilizado medicamentos de uso controlado, como quetiapina, indicada para tratar transtornos psiquiátricos em adultos e que tem como efeitos colaterais a sonolência e tontura. O caso foi descoberto após os pais revisarem imagens das câmeras de segurança instaladas na residência e flagrarem a mulher colocando algo na boca do bebê enquanto o segurava.

A situação levou os responsáveis a levarem a criança imediatamente ao hospital, onde foi submetida a lavagem gástrica e exames toxicológicos. O laudo médico, que deve ser divulgado em julho, confirmará se houve ingestão das substâncias encontradas.

Investigação e desdobramentos do caso

Durante a abordagem policial, medicamentos como quetiapina e sertralina, ambos destinados ao tratamento de transtornos mentais em adultos, foram encontrados na mochila da funcionária. Seringas também foram apreendidas e encaminhadas para perícia.

O delegado destacou que a suspeita pode ter repetido a prática outras vezes. “Provavelmente ela já vinha dopando a criança há alguns dias”, afirmou Shüler. A Polícia Civil do Pará está ampliando as investigações e pede que outras famílias que tenham contratado os serviços da babá entrem em contato caso percebam comportamentos semelhantes em seus filhos.

A mulher foi presa na casa do namorado e vai responder por tentativa de homicídio qualificado, devido ao risco causado à vida da criança. Em nota, a defesa da babá negou que ela tenha administrado qualquer substância com a intenção de prejudicar a saúde do bebê.