A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que recebeu mais de 1.200 relatos de reações adversas ao uso do creme dental Colgate Total Prevenção Ativa Clean Mint até o final de maio. Entre os sintomas notificados pelos consumidores estão ardência, inchaço, aftas, dores e irritações na boca, com casos em que as reações afetaram até mesmo a capacidade de falar e se alimentar.
A comercialização do produto foi suspensa pela primeira vez em março, quando apenas 13 casos haviam sido oficialmente registrados. Contudo, diante do aumento expressivo nas notificações, a Anvisa restabeleceu a proibição no mês seguinte. Desde então, a venda do produto segue interditada em todo o território nacional.
Investigação em andamento
A agência reguladora determinou a abertura de uma investigação sobre os componentes da fórmula do Colgate Clean Mint para identificar a causa dos efeitos colaterais. Em julho de 2024, o produto passou por uma reformulação, que incluiu a substituição do fluoreto de sódio pelo fluoreto de estanho como ingrediente ativo. Apesar disso, ainda não há confirmação técnica de que essa alteração seja a responsável pelas reações adversas.
A investigação também considera a possibilidade de que os sintomas estejam ligados a aromatizantes com óleos essenciais, substâncias com potencial alergênico, além de corantes e aditivos utilizados para dar sabor ao creme dental. A apuração está sendo realizada em colaboração com a fabricante.
Colgate se posiciona
Por meio de nota, a Colgate declarou que está tratando com seriedade todos os relatos dos consumidores e que mantém diálogo constante com a Anvisa. A empresa enfatizou que seus produtos seguem os padrões exigidos pelas autoridades sanitárias e são considerados seguros.
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“A Colgate segue os rígidos padrões das agências regulatórias e confia plenamente na qualidade e segurança de seus produtos”, informou a empresa.
A marca orienta que consumidores que apresentem qualquer tipo de reação adversa suspendam imediatamente o uso do produto e procurem orientação médica, especialmente em casos de persistência dos sintomas.
Histórico da suspensão
O produto teve sua venda proibida pela primeira vez em 27 de março, após os registros iniciais de queixas. Poucos dias depois, em 30 de março, a Colgate obteve uma decisão que permitiu o retorno temporário às prateleiras. No entanto, com a escalada de relatos, a Anvisa voltou a proibir a comercialização do Colgate Clean Mint.
Até o momento, não há previsão para o fim da suspensão. A venda do produto seguirá vetada enquanto as investigações técnicas não forem concluídas e a segurança do produto for garantida.
