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Shakira critica políticas migratórias de Trump nos EUA: "Ser imigrante é viver com medo constante"

Shakira critica políticas migratórias de Trump nos EUA: "Ser imigrante é viver com medo constante"

A cantora colombiana Shakira voltou a se posicionar sobre a situação dos imigrantes nos Estados Unidos.

Em entrevista à BBC, a artista lamentou o clima de insegurança e intolerância que, segundo ela, tem marcado a vida de estrangeiros no país, especialmente desde as políticas implantadas durante o Governo Trump.

“Ser uma imigrante nos Estados Unidos atualmente significa viver em constante medo”, afirmou.

Shakira, que se mudou para Miami ainda jovem, nos anos 1990, relembrou as dificuldades que enfrentou na adaptação, em uma época em que não havia ferramentas como Google ou ChatGPT para facilitar a comunicação.

“Me lembro de estar rodeada de dicionários de espanhol-inglês e dicionários de sinônimos, porque naquela época ainda não existia Google nem ChatGPT para ajudar. Então tudo era muito precário. Aprendi muito ouvindo Leonard Cohen e Bob Dylan”, contou.

A artista descreveu como “dolorosa de presenciar” a atual realidade dos imigrantes.

“Agora, mais do que nunca, temos que erguer nossa voz e deixar claro que um país pode mudar suas leis de imigração, mas o tratamento às pessoas deve ser sempre humano”, defendeu.

Essa não é a primeira vez que Shakira se manifesta sobre o tema.

Ao receber o Grammy pelo álbum Las Mujeres Ya No Lloran, em fevereiro deste ano, ela dedicou o prêmio aos imigrantes que vivem nos Estados Unidos: “Vocês são amados, têm valor, e eu sempre lutarei com vocês”.

Outros artistas se posicionaram:

Shakira não está sozinha. Outros artistas também têm se posicionado contra o endurecimento das políticas migratórias.

A cantora Olivia Rodrigo declarou: “Los Angeles simplesmente não existiria sem imigrantes. Tratar membros trabalhadores da comunidade com tão pouco respeito, empatia e devido processo legal é horrível”.

Billie Joe Armstrong, vocalista do Green Day, e a rapper Doechii também se juntaram ao coro em defesa dos direitos dos imigrantes e da liberdade de protesto.