A sexualidade é uma dimensão fundamental da vida humana, mas por muito tempo foi cercada de tabus, especialmente no que diz respeito às pessoas com deficiência física. Felizmente, esse cenário vem mudando. Com o avanço das discussões sobre inclusão, acessibilidade e autonomia, cresce também o interesse em adaptar experiências íntimas — incluindo a descoberta e prática de posições sexuais — para atender às necessidades e desejos de corpos diversos.
Adaptações que fazem a diferença
Cada deficiência exige uma abordagem personalizada. Pessoas com paraplegia, amputações, espasticidade ou doenças musculares, por exemplo, podem se beneficiar de almofadas de posicionamento, móveis adaptados ou acessórios como faixas de contenção e cadeiras de rodas específicas para a relação sexual.
Segundo o terapeuta ocupacional Rodrigo Lemos, “o importante é pensar na segurança, no conforto e na preservação da autonomia do casal. Com pequenas adaptações, posições tradicionais podem ser ajustadas e novas formas de prazer descobertas.”
Algumas posições adaptadas incluem:
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- Conchinha (posição lateral): ideal para quem tem limitação de mobilidade nos membros inferiores. O casal se deita de lado, o que reduz esforço físico e facilita o contato íntimo.
- Sentado no colo: a pessoa com deficiência pode ficar sentada sobre o parceiro (ou parceira), seja em uma cadeira de rodas ou cadeira convencional, o que oferece controle dos movimentos e maior estabilidade.
- Missionário adaptado com apoio: o uso de almofadas sob o quadril ou a cabeça pode facilitar o encaixe e aliviar pressões, especialmente para quem tem espasticidade ou pouca força muscular.
- Cadeira de rodas como suporte: algumas cadeiras são projetadas com reclinação e apoio para o tronco, o que permite sua incorporação ao ato sexual como ferramenta de estabilidade e conforto.
Se quem tem deficiência é homem
Estendido
O parceiro com mobilidade reduzida deve se sentar na cama com as pernas esticadas e as costas encostadas na cabeceira. A mulher deve se encaixar em cima dele, na altura da cintura, para comandar a penetração. Nessa posição ainda vale uma variação: você pode se encaixar tanto de frente quanto de costas.
Se quem tem deficiência é a mulher
Mãos livres
Essa posição vai além do vaivém: ela vai permitir também a exploração de zonas erógenas do corpo com as mãos durante o sexo. A parceira, que tem a mobilidade limitada nesse caso, deita-se na cama com o bumbum próximo a borda. O homem fica em pé em frente a ela, levanta as pernas e deixa os tornozelos apoiados em seus ombros para a penetração.
Estilo cachorrinho modificado
Com o estilo cachorrinho modificado, a mulher com deficiência deita-se de bruços na cama, colocando uma cunha sob o abdômen inferior, com o ponto alto da cunha na linha do biquíni. Ela deita-se de bruços com a cabeça na borda da cunha. Isso permite que suas nádegas fiquem mais elevadas do que o resto do corpo, proporcionando melhor acesso às regiões anal e vaginal. Travesseiros podem ser usados para apoiar as pernas e evitar que se movam para fora ou deslizem. Seu parceiro agora pode penetrar ou penetrar por trás. Esta é uma posição que pode ser usada com um dildo strap-on e também fornece acesso para penetração com os dedos.
