O humorista Léo Lins foi condenado nesta semana a 8 anos e 6 meses de prisão em regime inicialmente fechado, além do pagamento de uma multa no valor de R$ 1,3 milhão por danos morais coletivos.
A sentença, proferida pela Justiça Federal, se refere ao show “Perturbador”, gravado em 2022 e publicado no YouTube, onde Lins faz piadas consideradas ofensivas contra negros, indígenas, pessoas com deficiência, LGBTQIA+, obesos e outros grupos vulneráveis.
A decisão judicial considerou que o conteúdo ultrapassou os limites da liberdade de expressão, caracterizando discurso de ódio e incitação à discriminação. A multa milionária deverá ser destinada a entidades voltadas à promoção da igualdade e aos direitos humanos.
A condenação causou repercussão imediata entre humoristas e formadores de opinião. Danilo Gentili, amigo próximo de Lins, foi um dos primeiros a se manifestar, chamando a sentença de “um ataque à comédia”.
O jornalista Felipeh Campos também questionou o rigor da punição, afirmando que “outros casos de ofensa e preconceito seguem impunes no Brasil”.
A defesa de Léo Lins afirmou que vai recorrer da decisão e alega que o comediante apenas exerceu sua profissão num ambiente artístico, sem intenção de incitar ódio ou violência.
Fonte: Correio Braziliense
Créditos: Polêmica Paraíba