Declaração

Hugo Motta critica aumento do IOF: “Brasil não precisa de mais imposto”

Hugo Motta critica aumento do IOF: “Brasil não precisa de mais imposto”

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), criticou, nesta segunda-feira (26), a decisão do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de aumentar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), especialmente nas transações que envolvem empréstimos para empresas. Na visão do deputado, a medida vai contra o interesse do país, já que “o Brasil não precisa de mais imposto”. 

O Estado não gera riqueza, consome. E quem paga essa conta é a sociedade. A Câmara tem sido parceira do Brasil ajudando a aprovar os bons projetos que chegam do Executivo e assim continuaremos. Mas quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor”, alfinetou Motta, que acrescentou dizendo que o governo “não pode gastar sem freio e depois passar o volante para o Congresso segurar” . 

“O Brasil não precisa de mais imposto. Precisa de menos desperdício. Vamos trabalhar sempre em harmonia e em defesa dos interesses do país” , completou Motta. A crítica foi publicada pelo deputado em suas redes sociais um dia depois do  ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falar sobre a dificuldade imposta pelo Congresso em relação ao ajuste fiscal. 

“Hoje nós vivemos um quase parlamentarismo. Quem dá a última palavra sobre tudo isso é o Congresso” , disse Haddad em entrevista ao O Globo . Ao anunciar o aumento do IOF, em coletiva de imprensa, o ministro já havia comentado sobre os obstáculos encontrados pelo Planalto para aprovar medidas de compensação às concessões fiscais instituídas pelo parlamento. Na ocasião, ele atribuiu a maior parte do congelamento de R$ 31,3 bilhões do Orçamento à desoneração da folha de pagamento. 

Haddad afirmou que o Congresso não aprovou medidas suficientes para cobrir a perda de arrecadação provocada pela prorrogação da desoneração para 17 setores da economia e municípios de até, aproximadamente, cinco mil habitantes. Além disso, o parlamento decidiu manter o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos ( Perse), que desonerou R$ 15 bilhões ao setor. Segundo o ministro, esses benefícios fiscais custaram R$ 45 bilhões aos cofres públicos. 

Sobre o argumento de Motta de que o governo estaria “gastando sem freio”, o ministro afirmou a jornalistas na manhã desta segunda-feira, que o Executivo vai obedecer o teto de gastos aprovado pelo Congresso e que as medidas são para garantir esse limite.

Fonte: IG