
O ex-juiz Sérgio Moro ingressou na magistratura por meio de concurso público. Já o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, foi indicado para aquela Corte pelo então presidente Lula.
Moro deixou a magistratura e assumiu o cargo de ministro da Justiça no governo Bolsonaro. Por sua vez, Ricardo Lewandowski deixou o STF e tornou-se ministro da Justiça no governo Lula — pasta que ocupa até os dias atuais.
Sérgio Moro, após deixar o ministério, candidatou-se ao Senado e foi eleito pelo estado do Paraná, sendo o mais votado, com quase 2 milhões de votos. Flávio Dino, por sua vez, saiu do Ministério da Justiça no atual governo e foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal pelo presidente Lula.
A nomeação mais recente para o STF, também feita por Lula, foi a de seu advogado pessoal, Cristiano Zanin. Já o ministro Dias Toffoli atuou como advogado do Partido dos Trabalhadores (PT) antes de ser indicado ao Supremo pelo mesmo presidente.
Foi o ministro Dias Toffoli quem anulou provas colhidas na Operação Lava Jato, garantindo a impunidade inclusive àqueles que haviam confessado o desvio de bilhões de reais, como ocorreu com a construtora Odebrecht.
Não tenho simpatia pelo senador Sérgio Moro; reconheço que houve excessos e ilegalidades na condução da Operação Lava Jato — operação que, ainda assim, desbaratou o maior esquema de corrupção já visto no Brasil.
No entanto, ao ser eleito senador com quase dois milhões de votos, ele foi, de certo modo, “absolvido” pelo mais importante juiz de uma democracia: o povo.
Fonte: Ronaldo Cunha Lima Filho
Créditos: Polêmica Paraíba