O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), avaliou que a direita brasileira atravessa um momento de desorganização política às vésperas das eleições de 2026, cenário agravado pela incerteza em torno da participação do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível por oito anos.
Durante o evento promovido pelo Brazil Journal e pelo PlatôBR, Motta destacou que a ausência de Bolsonaro como candidato cria um vácuo de liderança e pode acirrar as disputas internas no campo conservador. “Se ele (Bolsonaro) não puder ser candidato, a grande dúvida é quem ele vai apoiar — se algum dos governadores que já se colocam como pré-candidatos ou alguém mais ligado a ele, até mesmo da família. A direita tem muitos nomes e, por isso, está desorganizada. A questão é: esses nomes estarão unidos em 2026? Talvez sim, talvez não. Isso será decisivo para o desempenho do campo da direita”, avaliou.
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Esquerda alinhada e o papel de Lula
Enquanto isso, segundo o parlamentar, a esquerda chega ao próximo pleito mais alinhada, com o presidente Lula como figura central e com o benefício de já estar no poder. “Por estar no governo, ele tem os instrumentos para enfrentar a eleição de forma muito competitiva”, pontuou.
Para Hugo Motta, o país deve passar por mais uma eleição fortemente polarizada, com disputas intensas entre os campos ideológicos rivais.
