
A enquete realizada pelo “Polêmica Paraíba” sobre intenções de voto para o Senado nas eleições de 2026 confirma que o governador João Azevêdo (PSB) larga como favorito à primeira vaga, com 22,90%, praticamente colado com o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), que figura com 21,45%.
O levantamento também mostra o declínio da senadora Daniella Ribeiro (PP), primeira-secretária do Senado, que aparece com raquítico 1,49%, desbancada por outros nomes mais cotados como o atual senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), que tem 11,92% e o Pastor Sérgio Queiroz, do Novo, com 9,15%.
Em 2022, Queiroz já havia despontado como o candidato mais votado em João Pessoa e segue bafejado por votos de eleitores bolsonaristas ou da direita conservadora.
O declínio de Daniella nas intenções de voto não chega a surpreender porque a verdade é que a parlamentar, embora tendo ocupado postos relevantes como a presidência da Comissão Mista de Orçamento e adquirido visibilidade em campanhas como o “Antes que Aconteça”, focada no combate à violência contra as mulheres, não ampliou seu raio de atuação para outros segmentos da sociedade, ficando isolada num nicho específico cuja correspondência nas urnas é duvidosa.
Daniella também tem sido atropelada pelas articulações políticas que priorizam outros nomes do seu “clã” familiar na eleição majoritária do próximo ano, a exemplo do filho Lucas, vice-governador, que ocupou espaços avassaladores na mídia como suposto candidato ao Executivo.
Como o próprio Aguinaldo, irmão de Daniella, enfatizou, “não há espaço na chapa majoritária para dois Ribeiro” – e essa constatação deve ter contribuído para sacrificar a senadora no contexto do cenário que está sendo montado.
Outro postulante remanescente da campanha de 2018, o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), não aparece com um desempenho que se esperava, figurando com 11,92%, amplamente suplantado pelo deputado Adriano Galdino, que, como foi dito, está emparelhado com João. Veneziano é um político de prestígio junto ao presidente Lula, que o apoiou no primeiro turno da campanha de 2022 ao governo paraibano e ganhou projeção nacional como primeiro vice-presidente do Senado Federal, na gestão anterior.
A expectativa era de que ele polarizasse com o governador João Azevêdo as preferências ao Senado, até por causa de versões de que estaria fechando apoios de prefeitos da própria base de João para votarem também nele no pleito majoritário. Além do mais, o parlamentar emedebista, desde o segundo turno das eleições de 2022, aliou-se aos Cunha Lima em Campina Grande e integrou-se ao bloco de oposição liderado pelo senador Efraim Filho, do União Brasil, que derrotou a candidata Pollyanna Werton ao Senado, apoiada por João Azevêdo.
Há um grande desafio para Veneziano pela frente, no sentido de preservar e ampliar espaços, já que a concorrência se prenuncia mais acirrada do que previam os analistas políticos locais.
Com relação à liderança do governador João Azevêdo no levantamento, reflete a repercussão da ofensiva administrativa que tem desencadeado no Estado e que lhe assegurou um segundo mandato ao governo. O chefe do Executivo tem afirmado que a melhor fase de colheita de resultados administrativos é agora, diante de projetos devidamente encaminhados junto ao próprio governo federal e incluídos em programas de impacto deste, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
João continua investindo maciçamente em obras estruturantes em todo o Estado e tem mais perspectivas de realizações daqui para frente, o que soma pontos, em conjunto com a postura de austeridade no governo que tem permitido o equilíbrio das contas e a concessão de benefícios a categorias do funcionalismo público.
É, sem dúvida, um nome forte no páreo, com condições de puxar companheiro de chapa ao Senado, contrariando previsões pessimistas que são feitas por adversários políticos.
A fotografia de momento da enquete do “Polêmica Paraíba” tem veracidade e coerência com o sentimento das ruas quanto às futuras eleições.
Fonte: Nonato Guedes
Créditos: Polêmica Paraíba