Bastidores

"Não vai dar em nada": Hugo Motta teria admitido que votação da resolução do golpe não surtiria efeito

Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo
Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

O Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), colocou, nesta semana, a votação da resolução que suspende o processo penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), investigado por tentativa de golpe.

Nos bastidores, porém, Motta admitiu que o texto é inconstitucional e que vai acabar sendo derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, o líder da casa optou por seguir com a pauta, a fim de servir como resposta à base bolsonarista, parte que vinha pressionando na tentativa de obter um gesto concreto.

Aliados relataram ainda, que o Hugo, liberando a votação, procurou aliviar a cobrança depois de ter barrado o avanço do projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Nos últimos meses, parlamentares do PL estavam cobrando o presidente, que notou o apoio do respectivo partido em sua eleição na Câmara.

Em suma, ao aprovar a resolução, Motta transfere o embate institucional para o STF, que deve invalidar a medida. Nos bastidores, ele teria resumido o cenário: “Não vai dar em nada”.