
O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) teve o mandato suspenso por três meses por decisão do Conselho de Ética da Câmara. O parlamentar foi acusado de quebrar o decoro após proferir ofensas contra a ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e chamá-la de forma indireta de “prostituta”.
Por 15 votos a 4, os deputados presentes na sessão aprovaram o parecer do relator, deputado Ricardo Maia (MDB-BA).
Durante a sessão, o deputado afirmou que sua fala não foi sobre a ministra.
“Hoje, para o PT, a Polícia Federal é a melhor do mundo. Mas, quando o descondenado do Lula foi preso, a Polícia Federal era a pior de todas. Repeti que uma das pessoas que mais criticaram a corporação era a senadora Gleisi Hoffmann. Foi o único momento em que toquei no nome da atual ministra”, completou.
O período é inferior aos seis meses propostos pela direção da Câmara. Esse prazo foi costurado em um acordo e a penalidade mais branda foi aceita pelo deputado, de forma que Gilvan não vai apresentar recurso ao plenário.
A redução a três meses foi indicada como forma de permitir que Gilvan não perca a equipe de gabinete e não seja substituído, mesmo que de forma temporária, por um suplente. Pelas regras da Câmara, as trocas são aplicadas quando afastamento supera 120 dias.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e outros quatro membros da direção assinaram um documento em que pede, além da suspensão do mandato, a abertura de um processo de disciplina no Conselho de Ética.
Motta ressaltou que Gilvan da Federal ofendeu a ministra Gleisi Hoffmann ao vinculá-la ao termo “amante”, em referência à alcunha atribuída a ela em um suposto esquema de favorecimento envolvendo a empresa Odebrecht, alvo da Operação Lava Jato em 2016.
Fonte: Istoé
Créditos: Polêmica Paraíba