Junção

União Brasil e PP formam federação que será maior força do Congresso

União Brasil e PP formam federação que será maior força do Congresso

A bancada do União Brasil no Congresso Nacional aprovou, na noite de segunda-feira (28), a federalização com o Partido Progressistas (PP). A aliança entre as duas siglas será oficializada às 15h desta terça-feira (29), com a criação da União Progressista (UP). A junção tem como objetivo ampliar o espaço político das siglas nas eleições de 2026.

A composição dará à UP o título de maior bancada da Câmara, com 109 parlamentares. Atualmente, a liderança é do PL, que conta com 92 deputados. No Senado, a nova aliança colocará a federação em pé de igualdade com PL e PSD, cada um com 12 senadores. Além disso, os dois partidos, agora juntos, têm o maior número de prefeituras no Brasil, com 1.336 prefeitos, e seis governadores.

De olho no pleito eleitoral de 2026, a federação beneficiará o União Brasil com mais tempo de rádio e televisão durante o horário eleitoral e maior volume de recursos públicos para financiamento de campanhas e manutenção dos partidos. O próximo passo para as duas siglas é criar um estatuto próprio para oficializar a criação da federação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“A maior força política no Congresso Nacional: cerca de 20% do total dos representantes nas duas casas legislativas. A nova federação que reunirá União Brasil e Progressistas será muito mais que um sólido bloco parlamentar. Com 109 deputados e 14 senadores, a aliança, costurada com muito diálogo e confiança, pretende ser uma bússola no centro da política, para impulsionar o Brasil ao rumo certo”, diz comunicado das siglas.

“O norte é claro: equilíbrio e inovação, com responsabilidade fiscal e social. Não se trata de uma parceria de ocasião, é um projeto consistente com uma visão de longo prazo, uma resposta madura ao cenário de fragmentação partidária e uma aposta na estabilidade institucional. A base está nos estados, no trabalho de quem está no dia a dia da política real”, completaram.

Divergências

A aliança entre as duas legendas ainda nem foi oficializada, mas já há divergências internas quanto à presidência, que deve funcionar em sistema de rodízio entre representantes do União Brasil e do PP. É justamente esse impasse que a criação de um estatuto vai tentar solucionar, deixando como se dará a votação e também o tempo de mandato. 

Inicialmente, havia um acordo para que o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), assumisse o comando na primeira etapa. Mas o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, quer alterar o arranjo para que ele próprio ocupe o cargo no início. Até esse imbróglio ser resolvido, dirigentes explicam que Rueda e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PP), vão comandar juntos a federação. 

Prevista na legislação eleitoral, a federação permite que dois ou mais partidos atuem como uma única legenda por, no mínimo, quatro anos. Diferente das coligações, que valem apenas durante as eleições, ela exige atuação conjunta também no exercício dos mandatos. As siglas devem adotar um estatuto, compartilhar decisões e agir de forma unificada nas votações e no uso dos recursos.

Fonte: O Tempo