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Temer: PMDB exige mais espaço após reeleição

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Brasília (DF) – Num mundo em que nada parece certo, o vice-presidente da República Michel Temer foi dormir na véspera da convenção nacional do PMDB munido de duas certezas que valem como um barbitúrico irresistível. Estava convencido de que seu partido renovaria, nesta terça-feira, a aliança que o une ao PT. E vaticinava: “Eu devo registrar que, certa e seguramente, num próximo mandato, a presença do PMDB no governo será muito mais acentuada.”

Temer recebeu o blog no seu gabinete, no edifício anexo do Palácio do Planalto. Em entrevista de pouco mais de uma hora, cujos trechos mais relevantes estão disponíveis nos vídeos acima, Temer declarou que a reedição da aliança, com sua recondução ao posto de segundo na chapa de Dilma Rousseff, pressupõe uma repactuação das relações do PMDB com o governo. Algo que levará o partido a obter, num eventual segundo mandato de Dilma, ministérios que lhe foram sonegados na gestão que se encerra no final do ano.

Nas palavras de Temer, “o PMDB tem tido uma participação” no governo. Noves fora os cargos de segundo escalão e as posições em estatais, o partido comanda cinco ministérios. “Mas evidentemente que é preciso expressar melhor esta participação”, afirma o vice-presidente. “E expressá-la significa ter uma ocupação maior nos espaços das chamadas políticas públicas do governo.”

Ele ofereceu uma ideia dos ministérios que seu partido deve reivindicar num eventual novo governo de Dilma. “Você veja que o PMDB se queixa de não ter uma atuação em área sociais —tipo Saúde, Educação, Integração Nacional e por aí afora.” Isso é mero desejo ou já está negociado? “Isso já está nas minhas convicções. Se eu for reeleito vice-presidente da República, juntamente com a presidente Dilma, eu estarei a exigir, naturalmente mediante diálogo, exatamente isso que o PMDB deseja.” (Blog Josias Souza/UOL )