Tecnologia

Huawei lança seu primeiro celular dobrável, o Mate X

Como previsto, a Huawei mal deu tempo de sua principal rival brilhar sozinha. Quatro dias depois de a Samsung ter anunciado os Galaxy Fold e S10 5G, a chinesa trouxe a sua versão do revolucionário celular dobrável: o Mate X. Ele custa 2.299 euros (R$ 9.777 na conversão direta sem impostos), na versão de 8G de RAM e 512 GB de armazenamento. Bem mais caro que o modelo sul-coreano.

Como previsto, a Huawei mal deu tempo de sua principal rival brilhar sozinha. Quatro dias depois de a Samsung ter anunciado os Galaxy Fold e S10 5G, a chinesa trouxe a sua versão do revolucionário celular dobrável: o Mate X. Ele custa 2.299 euros (R$ 9.777 na conversão direta sem impostos), na versão de 8G de RAM e 512 GB de armazenamento. Bem mais caro que o modelo sul-coreano.

O lançamento aconteceu neste domingo (24) no MWC (Mobile World Congress), principal evento global do universo mobile, que acontece nesta semana em Barcelona (Espanha). O aparelho deve começar a ser vendido a partir do meio deste ano, fora do Brasil.

A Huawei, que aos poucos se aproxima da líder Samsung em vendas, apresentou o que chamou de “telefone 5G mais rápido do mundo”. O modelo, assim como a versão mais parruda do Galaxy S10, o Moto Z3 e o Xiaomi Mi Mix 3, é um dos primeiros do mundo a poder se conectar ao 5G. A diferença é que este é o primeiro celular dobrável com a nova geração de banda larga que substituirá o 4G.

A tela Oled fechada tem 6,6 polegadas (16,7 cm) de um lado e 6,38 polegadas (16,2 cm) do outro. Aberta, chega a 8 polegadas (20,3 cm) com proporção 8:71 (resolução 2480 x 2200 pixels). Ou seja, é bem maior que o Galaxy Fold, que aberto tem 7,3 polegadas (18,5 cm) e fechado, 4,6 polegadas (11,6 cm).

O Mate X tem 5,4 mm de espessura, quando aberto, e 11 mm quando fechado –mais fino que o iPad Pro (5,9 mm) e outros dobráveis (6,9 mm aberto; 17 mm fechado). Será vendido em apenas uma cor, por enquanto: o azul Interstellar.

Segundo o executivo-chefe da Huawei Technologies, Richard Yu, o mecanismo para que o celular dobre, chamado Falcon Wing, contém cem componentes e demorou três anos para virar realidade. Ele torna o abrir e fechar suave e faz com que o celular fique completamente fechado, sem espaço.

Os três sensores da câmera ficam numa barra lateral, junto com o botão da biometria. Com este posicionamento, eles funcionam tanto para a tela aberta quanto para a fechada. Então, não há necessidade de espalhar sensores pelo corpo do aparelho.

Não há muitas informações sobre as câmeras, só que são quatro Leicas.

QUAL TELA É MELHOR?

Diferentemente do Galaxy Fold, o Mate X abre no sentido contrário ao de um livro (a tela fica no lugar da capa). Com isso, a Huawei adota uma tática diferente da Samsung, que usou uma segunda tela menor e cheia de bordas em uma das faces externas para ser usada quando o celular está fechado.

No caso do Mate X, uma única tela serve para tudo e contorna o aparelho fechado. Isso quer dizer muito mais tela.

Mas, apesar de ficar com uma tela bem esquisita quando fechado, o aparelho da Samsung ganha pontos por ter uma tela interna que não apenas se curva, mas dobra. “Dobrar é um movimento mais intuitivo e uma inovação mais difícil de entregar”, diz a Samsung.

Para conseguir isso, a empresa criou uma nova camada de polímero e fez uma tela 50% mais fina –mesmo assim, vale dizer, o celular fechado parece grosso. Junto com uma dobradiça especial, ele abre e fecha suavemente, como um livro. O formato de livro também parece ser um diferencial, mais confortável de usar.

Por outro lado, dá para ver pelas demonstrações da Samsung que as telas só funcionam quando estão completamente retas. Isso quer dizer que você não consegue segurar o celular levemente aberto como segura um livro.

Já o Mate X parece ser mais bem pensado, embora a barra onde ficam os sensores não seja a coisa mais bonita do mundo. Um outro diferencial é que a Huawei criou um case especial para proteger essa capa-tela.

 

Fonte: UOL
Créditos: UOL