nunca antes
A semana começará cheia no Senado, com votações importantes sobre duas cassações de mandato. Os senadores se debruçarão sobre a análise da admissibilidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff – que, se for aceita, implicará no afastamento imediato dela do cargo – e da cassação do mandato do senador Delcídio do Amaral
redução do mandato
Na carta enviada a Dilma, o grupo apresenta a PEC 20/2016, que sugere a realização de eleição para presidente e vice-presidente em outubro próximo, junto ao pleito municipal –o texto é assinado por 30 senadores de diversos partidos (PT, PMDB, PDT, PR, PP, PPS, PTB, PSB, PSD e Rede). Para ser aprovada, uma PEC depende de duas votações na Câmara e mais duas no Senado, com 3/5 de votos favoráveis em cada turno, nas duas Casas.
judicialização do processo
Com a batalha pelos votos na questão do afastamento praticamente decidida, o governo já divulgou qual deve ser sua estratégia agora: a judicialização do processo. Nos últimos dias, o ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia-Geral da União, vem afirmando que o governo deve ir ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar diversos pontos do andamento do processo, tanto na Câmara como no Senado.
disfarçados
“Eles invetaram a tal da pedalada fiscal, que é feita por governadores, prefeitos e por presidentes que me antecederam. Resolveram que o impeachment é uma forma disfarçada de eleição indireta. Pois, se forem para eleição direta o povo não vota neles. Quem vai votar na perda de direitos? Não há legitimidade”, afirmou a Presidenta.
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Dilma e ministros palacianos, como Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), concordaram com a ideia da eleição, mas a presidente ainda gostaria de conquistar o consenso dos movimentos sociais. Não há unanimidade entre os ministros, no entanto. Um deles defende que a renúncia seria a negação de todo o discurso de que o processo de impeachment é um golpe, adotado pela presidente até aqui.
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