2.300 casos de infecção

Iranianos beijam e lambem símbolos religiosos para mostrar que não temem o coronavírus - VEJA VÍDEO

"Não é apenas abuso contra criança, mas também está ajudando a espalhar o vírus no Irã e em outros países"

Em um momento em que o Irã já registra mais de 2.300 casos de infecção por coronavírus e 77 mortes (o número mais elevado fora da China), estão circulando em redes sociais imagens de fiéis iranianos beijando símbolos religiosos para mostrar que não temem o surto que se alastra por vários países.

O principal foco de coronavírus no Irã fica na região de Qom, onde há várias mesquitas xiitas. Líderes religiosos sauditas estão limitando o acesso de fiéis a Meca, o local mais sagrado do Islã, mas clérigos no Irã não adotaram a mesma medida restritiva para os locais sagrados no país.

Em um vídeo, um fiel xiita na mesquita de Fatima Masumeh, em Qom, é visto dizendo “Parem de assustar as pessoas com esse coronavírus”. Em seguida, ele ataca os que deixaram de ir ao templo por causa do coronavírus e beija e lambe o portão de entrada.

“Parem de brincar com a fé das pessoas. O coronavírus não é nada nas mesquita xiitas”, finalizou ele.

De acordo com a jornalista independente iraniana Masih Alinejad, fiéis estão forçando os filhos, ainda crianças, a beijarem e lamberem símbolos religiosos em mesquitas. Ela pediu que a Organização Mundial de Saúde se pronuncie imediatamente sobre o caso.

“Não é apenas abuso contra criança, mas também está ajudando a espalhar o vírus no Irã e em outros países”, escreveu ela no Twitter.

Na semana passada, o representante do aiatolá Ali Khamenei em Qom pediu que os fiéis não deixem de visitar locais sagrados xiitas.

“Mesquitas são locais de cura”, disse o clérigo Mohammad Saeedi.

https://twitter.com/AlinejadMasih/status/1233808839054647296?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1233808839054647296&ref_url=https%3A%2F%2Fextra.globo.com%2Fnoticias%2Fpage-not-found%2Firanianos-beijam-lambem-simbolos-religiosos-para-mostrar-que-nao-temem-coronavirus-24283016.html

 

 

Fonte: Extra
Créditos: Extra