antes e depois

Fã de torresmo, ele pesava 190 kg e secou 60 kg em 4 meses ao mudar hábitos

Nos primeiros dias de dieta eu chegava a engasgar tamanha a vontade de devorar torresmos, e matava esse desejo tomando 1 litro de água e comendo uma fruta 

 

Adalberto Maciel de Castro, 28 anos, chegou a ser jogador de basquete profissional, mas deixou o esporte quando o pai morreu. Desanimado, ele viu seu peso e os problemas de saúde dispararem. A seguir, ele conta como superou as dificuldades e conseguiu emagrecer:

“Sempre fui muito ativo e gostei de praticar esportes. Tenho 2,03 metros e na adolescência gostava muito de basquete. Era muito ágil e me destacava em quadra. Cheguei a integrar a seleção mineira e jogar por times importantes como o Cruzeiro (MG) e o São José dos Campos (SP).

Tudo ia muito bem até a morte do meu pai, em 2008. Minha mãe ficou sozinha e optei por voltar para casa para e cuidar dela. Então, passei a trabalhar com comida e descobri as delícias e os perigos da pururuca e do torresmo.

Minha mãe tinha restaurante, mas não conseguia fazer a pururuquinha pequena e delicada. Enxerguei ali uma oportunidade de negócio e abri uma microempresa para produzir pururuca e torresmo. O problema é que, além de fabricar, eu consumia bastante os alimentos que vendia.

Arquivo pessoal

Meu peso aumentou e eu nem percebi. Por ser alto, pensava: estou só com uns quilos a mais. Até que um belo dia subi na balança e deu erro. Pisei novamente e não apareceu nada no painel. Quando funcionou, levei um susto: estava com 190 kg.

Após o choque comecei a notar melhor os prejuízos da obesidade. Tinha muita dificuldade de locomoção até para ir ao banheiro, precisava me escorar nas paredes. No trabalho, me cansava rapidamente e não tinha ânimo para nada.

Sabia que devia emagrecer, mas a única alegria na minha vida era comer –e só alimentos ruins para a saúde 

Arquivo pessoal

Tomava seis litros de refrigerante por dia e me enchia de salgados, enlatados, arroz, macarrão, carnes gordurosas, ketchup, maionese e doces. Sem falar da grande quantidade de torresmo e pururuca que estava sempre a mão ali no meu trabalho e eu comia sem parar.

Criei forças e procurei uma nutricionista, que me indicou entrar em um programa de emagrecimento criado por ela, que orienta as pessoas a como ter hábitos alimentares mais saudáveis. Apesar de conhecer muita gente que havia perdido peso e ter o apoio dos meus familiares para iniciar o processo, eu estava resistente, pois teria que abrir mão do que mais amava para fazer coisas que não me davam prazer. Porém, decidi aceitar o desafio.

Nos primeiros dias de dieta eu chegava a engasgar tamanha a vontade de devorar torresmos, e matava esse desejo tomando 1 litro de água e comendo uma fruta

Foi muito difícil resistir às tentações. Eu entrava no mercado, colocava a mão em uma garrafa de refrigerante e, com dor no coração, não a levava para casa. Em duas semanas perdi 15 kg. Mesmo com um ótimo resultado inicial, pensei em desistir, pois na minha cabeça o emagrecimento seria imediato. A nutricionista me fez entender que a mudança seria quilo por quilo e me convenceu a continuar.

Arquivo pessoal
Imagem: Arquivo pessoal

Minha alimentação melhorou muito. No café da manhã, troquei os vários pães de forma por ovos mexidos com cebola, que são ricos em proteína e dão saciedade, além de uma xícara de café ou o suco de um limão batido com água. No lanche da manhã comia uma fruta e no almoço abusava das verduras e legumes. O prato também tinha um filé de peito de frango e algumas rodelas de batata-doce. À tarde, mais uma fruta —ou duas frutas, nos dias em que ia treinar. No jantar, repetia o almoço e antes de dormir tomava um chá gelado. Além disso, bebia muita água, muita mesmo.

Assim, consegui enxugar 60 kg entre outubro de 2017 e fevereiro de 2018. Hoje sigo praticamente com a mesma dieta e consigo contornar a tentação de trabalhar o dia inteiro entre comidas gordurosas e não consumi-las. Faço exercícios regularmente e tenho muito mais disposição.

Quando saio nos fins de semana, procuro ir alimentado, para não perder a mão. Algumas vezes, tomo uma cervejinha e raramente como doces. Eu me sinto muito melhor assim e não pretendo mais mudar.

Fonte: UOL
Créditos: UOL