PROTEÇÃO

EFICÁCIA E CONTRAINDICAÇÕES: saiba qual vacina contra a covid-19 é a mais segura e entenda como funciona o processo de imunização

Pelo o que se sabe até o momento, é que estas vacinas desenvolvidas apresentam uma boa eficácia para prevenir casos de covid-19 com sintomas graves. Somado a isso, é necessário que uma vacina traga, além da eficácia, a segurança, ou seja, que não prejudique à saúde.

 

Com a pandemia do novo coronavírus, o mundo se mobilizou em prol de uma vacina que fosse eficaz contra a disseminação em massa da doença. Atualmente, no Brasil, apenas duas vacinas estão sendo aplicadas na população: a Coronavac e a AstraZeneca. Pelo o que se sabe até o momento, é que estas vacinas desenvolvidas apresentam uma boa eficácia para prevenir casos de covid-19 com sintomas graves. Somado a isso, é necessário que uma vacina traga, além da eficácia, a segurança, ou seja, que não prejudique à saúde.

O infectologista, Fernando Chagas, explica qual a vacina é mais eficaz contra a doença. “Cada vacina tem uma peculiaridade. A Coronavac, por exemplo, em teoria, os estudos mostraram eficácia de 50,4%. Parece pouco, mas ela foi testada apenas em profissionais da linha de frente. Então, se for comparar em eficácia com a AstraZeneca de 70% de eficácia, ela foi testada em profissionais como um todo, até mesmo os que não entravam em hospitais. Portanto, é óbvio que a efetividade seria maior. São tecnologias completamente diferentes”, disse.

Ainda sim ele ressalta as diferenças entre elas. “É possível comparar a peculiaridade de cada uma delas. Por exemplo, a AstraZeneca tem um “poder” neutralizante maior, ou seja, tem a capacidade maior de neutralizar a entrada do vírus no corpo. Em comparação, a Coronavac tem menos chances de provocar efeitos adversos, além de ter mais chances do paciente não evoluir para um quadro mais grave. Não que exista uma mais a eficaz que a outra, é a característica de cada uma delas de acordo com a característica da população”, completa.

Em contrapartida, algumas pessoas estão restritas do processo de imunização contra o coranavírus, e até mesmo outras chegam a apresentar efeitos colaterais. Fernando conta que isso é normal, característico de qualquer vacina. “No momento, as duas vacinas que estão sendo aplicadas em território nacional, são vacinas que não possuem qualquer contraindicação formal. Mas, existem raríssimas pessoas, que em teoria, possam ter alergias a algum componente da vacina, porém não foi observado isso ainda. Na maioria das vezes, se tem observado apenas efeitos adversos que é comum em qualquer tipo de vacina. Ainda sim, a única “contraindicação” é para menores de 18 anos que não podem ser vacinados. Não porquê a vacina pode causar algum problema, e sim porquê não está liberada ainda, já que não há  estudos clínicos que confirmem tamanha segurança”, relata.

Fernando conta como ocorre a imunização no corpo, referente as duas vacinas em questão. “A Coronavac, é constituída de um vírus inativo. Poderia dizer, de forma grosseira, que é um vírus morto, portanto, não vai causar a doença e tem a capacidade de estimular a imunidade, criando uma defesa contra o vírus ativo, ou vírus “vivo”, que por ventura, invadiu o nosso corpo. Já a AstraZeneca, tem uma tecnologia um pouco diferente, ela é mais moderna. Se trata de vírus chamado “adenovírus”, um vírus que não tem a capacidade se replicar dentro gente e traz um pedaço do Sars-CoV-2, que é o vírus que provoca o covid-19. Ainda que seja uma tecnologia muito mais avançada, porém com a capacidade de gerar as mesmas defesas que a Coronavac.”

Depois de ser vacinado, existe um “tempo” para que a vacina seja eficaz. “Após a aplicação da primeira dose da vacina, em teoria, a partir do décimo quinto dia, a pessoa começa a produzir anticorpos contra a doença. Porém, faz se necessário a segunda dose, e apenas 15 dias depois, a pessoa estaria no seu ponto máximo de proteção, que é quando o corpo produziu anticorpos e também uma resposta celular ao vírus, uma memória que garante mais tempo de proteção”, explica o infectologista.

Mesmo após imunizado, ainda é possível contrair o vírus. “Então, mesmo vacinado a pessoa precisa utilizar máscaras e evitar aglomerações, porque mesmo vacinado você ainda pode adquirir o vírus. Não se desenvolve a doença, mas pode transmitir.”

Fonte: Nathalia Souza
Créditos: Polêmica Paraíba