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Advogado diz que Cunha é 'nocivo' à política brasileira, mas afirma que ele não poderia ser preso neste momento

Além de Iarley Maia, o jornalista Fábio Bernardo e o ex-deputado Gilvan Freire participaram do debate

O jornalista Fábio Bernardo, o ex-deputado Gilvan Freire e o advogado Iarley Maia debateram a política e as polêmicas do momento. Em participação ao programa Master News, da TV Master, os profissionais começaram falando sobre a prisão de Eduardo Cunha, que aconteceu ontem em Brasília.

gilvan-freireGilvan Freire diz que já esperava a prisão de Cunha e pontuou a crença na estratégia do juiz federal Sérgio Moro, “Moro sabe a hora certa de fazer cada coisa, eu não acho que a prisão foi feita tarde demais, a hora mais adequada é agora que Cunha não tem mais mandato e sabemos que, depois de Cunha, tem mais gente e gente mais graúda”, destacou.

fabio-bernardoFábio Bernardo discordou de Gilvan e afirmou que demorou bastante na prisão, “eu tinha convicção que Eduardo Cunha seria preso e acredito ainda que ele vai levar muito mais gente para a lama que ele está agora”, opinou.

Iarley Maia disse que esperava a prisão, mas discordou dos motivos apresentados para justificar a operação. Ele disse que Eduardo Cunha já contratou um advogado especializado em casos de delação premiada, “uma delação de Cunha abre várias portas, ninguém sabe aonde uma investigação dessa pode parar, não tem fim”, falou.

iarley-maiaIarley seguiu dizendo que acha a prisão de Cunha desnecessária neste momento e afirmou que a peça do juiz é baseada em casos antigos, já resolvidos pelo judiciário, ou ilações, “não estou discutindo se ele praticou crimes ou não, eu discordo das justificativas postas na peça”, complementou.

“Eduardo Cunha é nocivo para a política brasileira, isso é muito claro, mas não poderia ter sido preso com uma justificativa que envolve casos pretéritos”, afirmou o advogado Iarley Maia.

Gilvan disse que a operação não segue o padrão de apresentação de provas que gerem condenação, não podemos presumir mais a inocência te´o trânsito em julgado do processo, “já que o STF previu que uma pessoa condenada em segunda instância pode cumprir pena”, disse. Ele seguiu dizendo que a prisão preventiva é necessária porque ele estava ocultando provas, como o caso do dinheiro bloqueado, que não estava mais na conta.

Questionados se o próximo alvo da Operação Lava-Jato será Lula ou Renan Calheiros, os três convidados concordam que há mais chances de ser o ex-presidente Lula. Ele disseram ainda que Renan é “blindado” e só será preso e julgado se “houver algo muito anormal no STF”.
Créditos: Ívyna Souto – Polêmica Paraíba