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DENÚNCIA DE ARAPONGAGEM: comissão do MPPB inicia investigação de áudio com Cartaxo e secretários

Além do conteúdo do áudio, o Ministério Público se debruça sobre a lisura da captação das conversas. A princípio, apesar de estar sob responsabilidade da Ccrimp, o MPPB pode pedir a colaboração de outros órgãos. 

Foto: montagem / Polêmica Paraíba

A reportagem do Polêmica Paraíba confirmou,  nesta segunda-feira (01), que o Ministério Público Federal da Paraíba (MPPB) deu início às investigações do áudio envolvendo o prefeito Luciano Cartaxo (PV) e os secretários Adalberto Fulgêncio, da Saúde, e Diego Tavares, do Desenvolvimento Social.

Além do conteúdo do áudio, o Ministério Público se debruça sobre a lisura da captação das conversas. O prefeito Luciano Cartaxo afirmou que foi vítima de uma gravação ilegal.  A princípio, apesar de estar sob responsabilidade da Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e à Improbidade Administrativa  (Ccrimp), o MPPB pode pedir a colaboração de outros órgãos.

A Ccrimp é a Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade e à Improbidade Administrativa, um órgão auxiliar do Ministério Público, de assessoramento do procurador-geral de Justiça, sendo composta pelo 1º Subprocurador-Geral de Justiça, que a preside, e por seis promotores de Justiça.

Na última semana, após a divulgação do áudio, a Prefeitura Municipal de João Pessoa divulgou uma nota na qual levanta a suspeita de arapongagem contra o prefeito Luciano Cartaxo (PV). Leia abaixo. 

O prefeito Luciano Cartaxo, através dos advogados Carlos Pessoa de Aquino e Eduardo de Araújo Cavalcanti, acionou o Ministério Público do Estado, na tarde desta quinta-feira, requerendo a abertura de investigação para apurar a atuação de uma rede de arapongagem, ilícita e criminosa, responsável por produzir materiais caluniosos e difamatórios contra os agentes públicos da administração Municipal de João Pessoa.

De acordo com os advogados, a rede de arapongagem tem como sistemática a realização de grampos ilegais, com a finalidade de capturar, clandestinamente, conversas privadas, com o objetivo de, posteriormente, produzir notícias fraudulentas, distorcendo o conteúdo da mídia através de cortes, trucagens, montagens e edições para criar a falsa impressão de irregularidade.

Para os advogados Carlos Aquino e Eduardo Cavalcanti, a prática de realização de grampos é grave, porque, além de tendente a prejudicar a honra objetiva dos agentes públicos, também representa a ocorrência de espionagem ilícita, que viola direitos constitucionais.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba