Quatro deputados sairão derrotados

O TAMANHO DA RENOVAÇÃO: quem fica e quem diz adeus à bancada federal? E quem são os candidatos à vitória?

Quanto a Benjamin Maranhão, o cientista político lembra que a situação dele dependerá das coligações que venham a ser formadas pelo MDB, para que ele consiga entrar numa dessas vagas. A saída dele do Solidariedade pode afetar a candidatura, que precisará compor novas bases e conseguir novos apoios.

É quase unânime. Formadores de opinião ouvidos pelo Polêmica Paraíba, nos bastidores, concordam que das doze vagas destinadas a deputados federais na Paraíba, cerca de oito serão ocupadas pelos mesmos parlamentares que hoje exercem seus mandatos. Deve haver pouca renovação da bancada federal paraibana na Câmara Federal.

Com base no atual cenário, e levando em consideração a densidade eleitoral de cada parlamentar, infere-se que a bancada governista poderá eleger pelo menos seis nomes, como Gervásio Maia (PSB), Efraim Filho (DEM), Luiz Couto (PT), Wellington Roberto (PR) e Emerson Machado (Avante), considerados os nomes mais fortes do grupo.

Da ala oposicionista, a preço de hoje, são apontados como possíveis eleitos os nomes de Pedro Cunha Lima (PSDB), Rui Carneiro (PSDB) e Leonardo Gadelha (PSC).

Além desses, Aguinaldo Ribeiro, do Progressistas, também é tido como um parlamentar que detém boas chances de se reeleger. Se nada mudar, oito vagas sã poderão ser preenchidas na Câmara pelos mesmos nomes que as ocupam hoje.

De acordo com o cientista político José Artigas, não é possível, agora, afirmar com certeza quais são os nomes que podem ou não ter sucesso em outubro, mas diante das circunstâncias, é possível inferir que algumas figuras terão mais dificuldade que as outras para se eleger, como os deputados que trocaram de legenda, a exemplo de André Amaral, Benjamin Maranhão e Hugo Motta.

Artigas lembra que a troca de partidos traz vários ônus, como a mudança de bases eleitorais, a diminuição dos recursos a serem usados na campanha etc. Além do fator ‘troca de partido’, André Amaral tem outra dificuldade, pois não chegou à Câmara com votação própria, por isso ele tem “mínimas chances de se eleger”.

Já no caso de Hugo Motta, o problema são as investigações do Ministério do Trabalho que se iniciaram recentemente e envolvem o nome dele, alem da proximidade com ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. “Entretanto já é um nome tradicional e consolidado na região de Patos, que pode vencer”, explicou Artigas.

Quanto a Benjamin Maranhão, o cientista político lembra que a situação dele dependerá das coligações que venham a ser formadas pelo MDB, para que ele consiga entrar numa dessas vagas. A saída dele do Solidariedade pode afetar a candidatura, que precisará compor novas bases e conseguir novos apoios.

Prevalecendo esse cenário, restam entre três ou quatro vagas a serem disputadas pelas principais chapas proporcionais que acompanham as pré-candidaturas de Luciano Cartaxo e João Azevedo, e também pelo grupo do senador e pré-candidato José Maranhão (MDB), que pode ir para a disputa sozinho, em faixa própria.

Do grupo oposicionista, Bruno Cunha Lima (Solidariedade), Edna Henrique (PSDB) e Geraldo Amorim (PV) são apontados como os nomes que poderão disputar essas duas vagas “livres”. Já do lado governista, nomes que poderão disputar essas vagas são Hugo Motta (PRB) e Ana Cláudia (Podemos). Damião Feliciano (PTB) é apontado como outro nome que terá mais dificuldade de eleição, mas que tem chances de vencer.

 “A eleição com metade do tempo de campanha favorece a conservação e não a renovação da bancada, então hoje a chance maior é que os a maioria dos atuais nomes se reelejam”, pontuou Artigas.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba