Negociações

PT não pode ter tudo, avalia Márcio França sobre possível aliança Lula-Alckmin em 2022

"Não dá para disputar medalha de ouro, prata e bronze. Tem que saber em qual medalha você vai mirar"

O ex-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), avaliou que concessões deverão ser feitas por parte do PT, em uma eventual chapa nas eleições de 2022. “O PT é o maior partido do Brasil, tem vontade de ter todas as coisas. Tem que escolher. Não dá para disputar medalha de ouro, prata e bronze. Tem que saber em qual medalha você vai mirar. Se o gato corre atrás de todos os ratos, não pega nenhum. Tem que mirar em um só”, afirmou França, nesta quinta-feira (16), em entrevista à CNN.

As declarações de França se referem ao jogo político que envolve a aliança entre 0 ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o também ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Para isso acontecer, o PSB quer apoio do PT ao partido na disputa pelo Governo de São Paulo, o nome, inclusive, pode ser o de Márcio França. No entanto, uma ala do PT defende a candidatura de Haddad ao governo paulista.

Alckmin deixou o PSDB depois de 33 anos na legenda. Ele ainda não anunciou sua nova sigla, mas uma ida para o PSB é provável e demonstra uma proximidade com o projeto de ser vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo a coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, a aliança já está concretizada, mas deve ser anunciada apenas no ano que vem.

França declarou que a intenção de Alckmin é compor uma chapa com Lula à Presidência da República. Em suas palavras, a união seria para juntar o Brasil e “falar uma linguagem que todos entendam”.

“O Alckmin é um homem de gestos, e cada movimento que ele faz, percebo sua intenção. Nitidamente é de poder fazer essa composição de chapa, de unir o Brasil. E dar um gesto para o Brasil de que as pessoas precisam abrir mão das coisas mais fortes e pensar um pouco no futuro do país”.

Fonte: Polêmica Paraíba com CNN
Créditos: Polêmica Paraíba