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Proposta de laboratório de histopatologia para Paraíba é levada pelo deputado Jeová Campos ao governador 

O pleito levado ao governador é de que parte destes exames sejam destinados para o laboratório Nativida, inicialmente, para serem realizados na sede da empresa, em Rondônia, e após um ano, com a conclusão das obras físicas do laboratório em João Pessoa, eles passariam a ser realizados na Paraíba. 

A sugestão de implantação de um laboratório de histopatologia, que permitirá que a Paraíba passe a ter tecnologia adequada para fazer os exames que identificam a compatibilidade para efeito de transplante de órgãos, foi debatida hoje (22), com o governador João Azevedo. O pleito foi levado ao chefe do executivo estadual pelo deputado Jeová Campos (PSB), que estava acompanhado do Diretor-Presidente da Fundação Napoleão Laureano, médico Carneiro Arnaud, e do representante do laboratório Nativida, Lindemberg Oliveira. A audiência aconteceu no final da manhã, na Granja Santana.

Atualmente, os exames histopatológicos colhidos na Paraíba são encaminhados para laboratórios em Barretos (SP) e em Recife (PE). O pleito levado ao governador é de que parte destes exames sejam destinados para o laboratório Nativida, inicialmente, para serem realizados na sede da empresa, em Rondônia, e após um ano, com a conclusão das obras físicas do laboratório em João Pessoa, eles passariam a ser realizados na Paraíba.

Essa destinação, explica o deputado Jeová, não incorreria em nenhum custo para o tesouro estadual, uma vez que os recursos para construção da sede do laboratório e os equipamentos necessários ao seu funcionamento seriam todos bancados pelo Nativida. Além disso, argumenta o parlamentar, com essa decisão a Paraíba ganharia agilidade na realização dos exames e teria todas as condições de atingir toda a cota destinada ao Estado que é de 13 044 procedimentos anuais. Esses exames são pagos com recursos do Ministério da Saúde. “Em 2018, apenas 41%¨dessa cota foi atingida, ou seja, a capacidade do Estado em realizar esse tipo de exame, imprescindível num processo de transplante, está ociosa em mais de 50%”, argumenta o parlamentar que abraçou a causa após ser acometido por um câncer de laringe e vivenciar às angustias e necessidades de um paciente oncológico.

“Essa causa me tocou profundamente, porque depois de ter passado por essa experiência, você começa a despertar para questões importantes e que muitas vezes passa desapercebida, como por exemplo, a necessidade de termos aqui um laboratório para fazer esse tipo de exame histopatológico de compatibilidade”, reitera o deputado.

Para que a Paraíba comece a realizar esses exames também no Nativida, é preciso que a Comissão Intermunicipal Bipartide (CIB), presidida pela secretária de saúde do estado e integrada por membros ligados ao setor, autorizem e credenciem o laboratório. Ciente desta situação e das vantagens que a Paraíba terá ao dispor de um equipamento para realização destes exames, o governador João Azevedo disse que irá convocar os responsáveis para uma reunião e debater o pleito junto à Secretaria de Saúde. “O que for bom para o Estado e para melhorar o setor de saúde na Paraíba terá meu apoio”, disse João Azevedo, afirmando que dará, em breve, uma resposta sobre o pleito.

Essa é uma decisão de governo, por isso viemos conversar com o nosso governador João Azevedo que é um gestor sensível às causas que buscam melhorar a vida dos paraibanos”, afirmou Jeová que disse estar esperançoso de que agora esse projeto seja autorizado. O diretor-Presidente da Fundação Napoleão Laureano, Carneiro Arnaud, reiterou as vantagens que a Paraíba terá com os exames sendo feitos aqui. “O estado ganhará agilidade na realização dos exames e divulgação dos resultados, não precisará dar nenhuma contrapartida para instalação do laboratório, e ainda teremos a geração de novos postos de trabalho”, disse Dr. Arnaud, lembrando que entre os anos de 2014 e 2018, a cota anual de exames destinada pelo Ministério da Saúde a Paraíba para formar o cadastro de doadores voluntários de medula óssea que integram o Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) não foi atingida em nenhum destes anos.

Segundo Lindemberg Oliveira, nos dois estados onde o Nativida atua, Rondônia e Acre, o percentual de exames realizados atingem 100% da cota, com a vantagem de além de formar o cadastro voluntário de doadores de medula, houve um incremento natural da doação de sangue, uma vez que as pessoas são mais esclarecidas, através de campanhas educativas e ações pontuais realizadas pelo laboratório, sobre a importância da doação de sangue e de compor o REDOME. “Tudo isso a gente quer trazer para a Paraíba”, disse ele ao governador.

Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria