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Nenhum deputado na Paraíba elegeu-se com votação própria

É certo que as coligações partidárias nas eleições proporcionais estão prestes a entrar em extinção, graças à reforma política do ano passado, que determinou o fim deste sistema a partir de 2020.

Nas eleições deste ano, nenhum dos 36 deputados estaduais eleitos e reeleitos bem como nenhum dos 12 deputados federais  com seus próprios votos, ultrapassando assim o quociente eleitoral – ou seja, obtiveram uma cadeira na ALPB por meio de votação própria, sem depender dos votos totais obtidos pelo conjunto do partido ou coligação.

É certo que as coligações partidárias nas eleições proporcionais estão prestes a entrar em extinção, graças à reforma política do ano passado, que determinou o fim deste sistema a partir de 2020. No pleito geral deste ano, as composições multipartidárias foram marcadas por um certo equilíbrio de votos, onde a ajuda dos não eleitos foi fundamental para a conquista das vagas no Legislativo estadual e federal, não tendo a figura do ‘puxador’ de votos.

Nem os dois candidatos que mais conquistaram os eleitores para deputado estadual (Cida Ramos, com 56.048 votos) e federal (Gervásio Maia, 146.860 votos) conseguiram atingir o quociente eleitoral para cada cargo sozinhos. O Quociente eleitoral (que é o índice alcançado para estabelecer a conquista de uma cadeira nas eleições proporcionais) para o cargo de deputado estadual na Paraíba foi de 56.984 votos (936 a mais que o número alcançado pela socialista).

Já na corrida pelas 12 cadeiras federais, o quociente eleitoral foi de 165.781 votos (16.921 a mais que os conquistados pelo atual presidente da Assembleia). Além disso, no cálculo das sobras, as mais votadas acabam colhendo outras vagas legislativas. Na eleição deste ano, na Paraíba,
o candidato eleito com menor número de votos para a Assembleia foi Chió (Rede), com 17.437. Outros dez candidatos tiveram resultados superiores nas urnas, em comparação ao seu desempenho mas não conquistaram vaga.

É o caso do deputado Jutay Meneses (PRB), que recebeu 26.640 votos no pleito, mas não conseguiu se eleger, mesmo estando na coligação que mais ganhou cadeiras na ALPB, A Força do Trabalho III (PSB, PTB, PRB, Podemos, PDT, PC do B e PRP), que colocou 15 deputados. Seu desempenho foi melhor que o de alguns eleitos nas demais coligações do seu grupo político, como Junior Araujo (Avante, com 24.093 votos); Bosco Carneiro (PPS, 21.557); Dr. Erico (PPS, 20.327); e Chió (Rede, 17.437).

Fonte: Página 1 PB
Créditos: Página 1 PB