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Lula afirma que sua transferência para SP é retaliação da Polícia Federal

O principal motivo é que Flores impôs uma série de restrições a Lula, que está preso na PF de Curitiba desde abril do ano passado

A transferência de Lula para São Paulo, realizada a pedido de Polícia Federal e autorizada pela juíza de Curitiba Carolina Lebbos, é vista pelo ex-presidente como uma retaliação da PF. Desde que o delegado Luciano Flores assumiu o comando do órgão no Paraná, em fevereiro deste ano, a relação entre a PF, o petista e seus advogados começou a passar por desgastes.

O principal motivo é que Flores impôs uma série de restrições a Lula, que está preso na PF de Curitiba desde abril do ano passado. Na gestão do novo superintendente, as visitas de advogados passaram a ter número de pessoas e tempo limitados. Lula, que antes podia receber vários defensores ao longo do dia, passou a ter autorização para ter dois encontros diários com três advogados em cada. As conversas podem durar uma hora pela manhã e uma hora pela tarde.

Insatisfeito com a mudança, o ex-deputado federal Wadih Damous (PT-RJ), que também atua na defesa do ex-presidente, acionou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A instituição enviou um representante para Curitiba para avaliar se as prerrogativas de Lula estavam sendo atendidas. Após a visita da OAB, há pouco mais de um mês, a chefia da PF disse que voltaria a flexibilizar as regras da visita, o que não aconteceu.

Fonte: DCM
Créditos: DCM