pagamento de emendas

Governo faz pedido de R$ 3 bi extras após negociação para votar reforma

Segundo lideranças da Casa e do governo, havia pressão de partidos do Centrão para que o projeto de crédito extra fosse aprovado antes da votação do segundo turno da reforma da Previdência

O governo federal começou a pedir crédito extra para conseguir recursos para honrar o pagamento de emendas parlamentares e conseguir avançar a reforma da previdência. A casa civil enviou nesta terça-feira (06), ao Congresso Nacional uma mensagem presidencial pedindo para liberar um crédito de pouco mais de R$ 3 bilhões, o texto foi publicado em uma edição do Diário Oficial da União.

A reforma foi aprovada em primeiro turno na Câmara em julho, mas a votação em segundo turno, que é obrigatória, acabou ficando para agosto, após o recesso parlamentar. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse esperar que isso fosse encerrado até esta quarta-feira (7). Depois disso, a proposta ainda segue para avaliação do Senado.

Antes da votação em primeiro turno, o governo negociou a liberação de R$ 20 milhões em emendas parlamentares para os deputados votarem favoravelmente ao texto. Com o crédito extra, o governo espera honrar esse compromisso assumido.

Assessores palacianos afirmaram reservadamente à reportagem que a solicitação de crédito extra para o pagamento das emendas era considerada a última cartada do governo para aprovar o texto.

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, passaram o dia em negociação com parlamentares governistas e do Centrão.

Tanto o ministro da Economia, Paulo Guedes, quanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), estavam cientes das tratativas. Entretanto, Maia não quis se envolver diretamente no processo.

Segundo lideranças da Casa e do governo, havia pressão de partidos do Centrão para que o projeto de crédito extra fosse aprovado antes da votação do segundo turno da reforma da Previdência. Entretanto, Maia e líderes governistas seriam contra essa possibilidade porque poderia indicar uma relação direta entre pagamento de recursos e votos pela Previdência.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba