Movimento Radical Palestino

Flávio Bolsonaro diz querer que Hamas "se exploda"

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, reagiu de maneira inflamada em sua conta no Twitter às críticas do movimento radical palestino Hamas, que atacou na segunda-feira, 1º, a visita de Jair Bolsonaro ao Muro das Lamentações ao lado do premiê israelense Binyamin Netanyahu e pediu uma “reação unida” dos países árabes”.

“Quero que vocês se EXPLODAM!!!”, escreveu em sua conta no Twitter o senador da República. O Hamas é considerado um movimento terrorista pelos Estados Unidos, e no passado praticou diversos atentados a bomba. O Hamas se tornou um movimento político e controla a Faixa de Gaza.

Na segunda-feira, 1°, o Hamas divulgou nota na qual afirmou que a visita não apenas contradiz a histórica atitude do povo brasileiro de apoio à causa palestina, mas também viola leis internacionais. “Essa política não ajuda a estabilidade e a segurança da região e ameaça os laços do Brasil com países árabes e muçulmanos”, diz a nota. “Em particular, o Hamas denuncia a visita do presidente brasileiro à Cidade Sagrada de Jerusalém acompanhada do primeiro-ministro de Israel.”

Na nota, o grupo palestino, apontado como uma entidade terrorista por Estados Unidos e Israel, pede que o Brasil reverta sua política para a região e pede que a Liga árabe pressione o governo brasileiro para por fim ao apoio à ocupação israelense dos territórios palestinos.

Na segunda, Bolsonaro visitou o Muro das Lamentações ao lado do premiê Binyamin Netanyahu. No muro, que é o lugar de culto mais importante para os judeus, Bolsonaro e Netanyahu fizeram uma oração e acenaram para a imprensa.

Instantes antes, o presidente brasileiro esteve na Basílica do Santo Sepulcro, o templo mais sagrado para o cristianismo. Os dois locais ficam na Cidade Velha de Jerusalém, em uma área cujo controle é disputado por israelenses e palestinos.

A visita de Bolsonaro a Israel
Bolsonaro embarcou para Israel no último sábado, 30, com o objetivo de estreitar as relações entre o país e o Brasil. Lá, o presidente se deparou com um protesto do Greenpeace contra o desmatamento na Amazônia, em frente ao hotel no qual está hospedado. Ele também condecorou a brigada militar israelense que ajudou no resgate às vítimas de Brumadinho e prometeu decidir sobre uma embaixada brasileira no país até 2022.

No domingo, 31, o presidente e a delegação brasileira encerraram o dia com um jantar regado a peixe, filé e vinhos. Nesta terça-feira, 2, depois de visitar o Yad Vashem, o Centro de Memória do Holocausto, em Jerusalém, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, disse concordar com o chanceler Ernesto Araújo em relação à avaliação de que o nazismo foi um movimento de esquerda. Bolsonaro deve ficar no país até a próxima quarta-feira, 3, quando embarca para Las Palmas e, de lá, volta para Brasília.

Fonte: Terra
Créditos: Terra