evitar crime de injúria

Estudante que deu ovada em Bolsonaro vai pagar multa de R$ 499 para evitar processo

Ela chegou a ser detida pela Polícia Militar e levada para a delegacia. Bolsonaro seguiu para o mesmo local para registrar a ocorrência

A estudante Alana Gabriele de Oliveira Arruda firmou um acordo de transação penal com a Promotoria de Justiça de Ribeirão Preto para pagar multa de R$ 499 para evitar ser responsabilizada pelo crime de injúria contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL). O termo foi homologado pelo juiz da Vara Criminal da cidade no interior de São Paulo, Junio Claudio Campos Furtado.

Bolsonaro estava, em agosto de 2017, com apoiadores em uma cafeteria no cruzamento das ruas São Sebastião e Álvares Cabral, no Centro da cidade, tirando foto com simpatizantes e apoiadores quando uma mulher se aproximou, tocou no ombro dele. Quando Bolsonaro se virou, Alana apertou um ovo contra o peito do deputado e fez críticas à sua postura política.

Ela chegou a ser detida pela Polícia Militar e levada para a delegacia. Bolsonaro seguiu para o mesmo local para registrar a ocorrência.

De acordo com os autos, Alana ‘teria ofendido com palavras de baixo calão e desferido um tapa no peito do candidato, estourando o ovo que estava em sua mão contra o mesmo’. “Outra pessoa de nome LEONARDO, que estava na companhia de ALANA, possuía outro ovo em sua mão. A autora, bem como seus companheiros, precisaram ser contidos pelos seguranças da vítima para evitarem novas agressões, gerando um tumulto que foi contido por Policiais Militares”.

Filiada ao PC do B, Alana chegou a se candidatar a vereadora pela cidade sob o nome de Gabrielle van Pelt, mas teve o registro indeferido, em 2016.

O acordo de transação penal é firmado entre o Ministério Público e investigados para evitar um processo criminal, em troca de multa.

“Neste ato, as partes também concordam com a destruição dos presentes autos após o cumprimento integral da medida imposta e consequente extinção da punibilidade, autorizada desde já a restituição de documentos, desde que requerida”, anotou o magistrado.

Fonte: Estadão
Créditos: Estadão