mesa redonda

Especialista debatem e marqueteiro diz que não acredita na aprovação da anistia para caixa 2

master-25O projeto que prevê a anistia do caixa dois voltou a ser discutido por especialistas de várias áreas no programa Master News, da TV Master, desta sexta-feira, 25. Participaram da discussão, o ex-senador Wilson Filho, o professor universitário João Marcelo, o especialista em marketing político Allan Kardec e os cientistas políticos Eugênio Falcão e Rui Galdino.

Questionados sobre a proposta que tramita no Congresso Nacional acerca da anistia a recebimento de dinheiro ou gastos sem prestação de contas, o chamado caixa dois, eles disseram que é uma grande perda para o Brasil que um projeto como este seja aprovado.

João Marcelo disse que a proposta é absurda e defendeu que haja mais protesto, mais participação das entidades nas manifestações contra os projetos absurdos que são apresentados no Congresso Nacional. “Só que é possível perceber que muitas entidades se comportam como pessoas obesas, que se acostumaram demais a receber recursos e foram perdendo a capacidade de se mobilizar e, agora, buscam novamente esta capacidade”, comparou.

O especialista em marketing político, Allan Kardec, disse que não acredita que a anistia será aprovada. Para ele, é importante que haja a tipificação do caixa dois como crime, mas destacou que é muito difícil para a justiça rastrear tudo isso, “veja o que acontece durante a campanha eleitoral com gasolina e alimentação, por exemplo”, disse.

Rui Galdino disse que o grande medo da aprovação do caixa dois como crime se dá ao medo que muitos parlamentares têm de ir para a cadeia por estar envolvidos em crimes. “Eles não estão interessados em reeleição ou quaisquer outras coisas, estão com medo de serem presos pelos crimes de caixa dois que já praticaram”, disse.

Wilson Santiago disse que o atual sistema econômico incentiva as pessoas a praticarem, “acredito que tem que ter regras para doação de campanha, por exemplo, poderia haver autorização das pessoas doarem pelo menos 20% dos seus ganhos em uma campanha, se for sua escolha, porque do contrário cresce a tese de que as campanhas deveriam ser financiadas pelo dinheiro público, que eu sou contra, para mim, poderia haver doações de pessoa jurídica, com limites”, pontuou.
Créditos: Ívyna Souto – Polêmica Paraíba