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Deputado Jeová Campos sai em defesa do Hospital Napoleão Laureano e critica gestão plena de saúde que sobrecarrega despesas do Estado

O parlamentar criticou a gestão plena de saúde que beneficia os municípios com repasses, mas, sobrecarrega o Estado que, efetivamente, faz os atendimentos, mas não recebe os recursos.

O deputado Jeová Campos (PSB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (03), para defender a instituição Hospital Napoleão Laureano, que passa, atualmente, por um momento de dificuldades no tocante a aquisição de alguns medicamentos e tranquilizar os pacientes que fazem uso daquela unidade de saúde que atua com tratamentos oncológicos. O parlamentar foi, inclusive, paciente do Laureano, ano passado, quando fez um tratamento radioterápico que o curou de um câncer de laringe. Ele também criticou a gestão plena de saúde que beneficia os municípios com repasses, mas, sobrecarrega o Estado que, efetivamente, faz os atendimentos, mas não recebe os recursos.

“De fato, há uma dificuldade na questão da aquisição de alguns medicamentos, mas, os aparelhos de radioterapia estão funcionando, as UTIs estão funcionando, o hospital está em pleno funcionamento, mas, infelizmente tem problemas com a aquisição de medicamentos, o que quero crer seja solucionado, em breve”, disse Jeová.

O deputado lembrou que ao invés da oposição ficar remoendo ‘uma música de uma nota só’, numa referência a gestão pactuada de saúde do Estado, ela deveria debater a sobrecarga do tesouro estadual em relação a manutenção dos hospitais da rede estadual de saúde. “O fato é que o Governo do Estado da Paraíba está sobrecarregado com os custos de saúde, pois a rede pública custa R$ 80 milhões e, deste montante,      R$ 76 milhões são custeados pelo orçamento do tesouro estadual”, disse Jeová.

O parlamentar indagou sobre qual o município da Paraíba não tem um paciente fazendo tratamento de saúde no Laureano. “Graças a sensibilidade do governador Ricardo Coutinho, no ano passado, em setembro do ano passado, foi inaugurado o Hospital do Bem, em Patos, o único de tratamento oncológico no interior de um estado do Nordeste e que, desde então, absolve um pouco da demanda do Laureano, atendendo pacientes de mais de 60 municípios do interior do estado que antes desta unidade tinham que se deslocar 300 km para fazer um tratamento contra o câncer”, lembrou Jeová.

De acordo com Jeová, os municípios têm que assumir sua responsabilidade de referenciar o Hospital Laureano e de fazer o repasse de recursos para quem, de fato, atende os pacientes. “A gestão plena, em vigor desde 2010, foi feita de forma errada,  pois, os recursos que vêm do Governo Federal não chegam aos entes que prestam, efetivamente, os serviços de alta e média complexidade a população”, disse Jeová, lembrando que o correto seria o Estado ser reembolsado pelos recursos que entram pelos municípios. “Os municípios recebem os recursos, não prestam o serviço, nem repassam para o estado. Há algo errado neste processo que precisa ser revisto”, finalizou Jeová,

Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria