DEBATE

Depois de Cunha: Analista diz que os próximos a cair podem ser Renan e Temer

Citado em investigação por corrupção, presidente do PMDB pode ser punido

painel 07O programa Master News recebeu especialistas de diversas áreas na noite desta quinta-feira, 07, para discutir os problemas do Brasil e os atuais acontecimentos da política nacional. Gutemberg Cardoso e Marcos Wéric receberam hoje o juiz Onaldo Queiroga, o coordenador de TI do TRE Cassimiro Júnior, o advogado Dirceu Marques Galvão e o administrador de imóveis Inaldo Dantas.

Questionados sobre a renuncia do presidente afastado da Câmara dos deputados, deputado Eduardo Cunha (PMDB), os entrevistados disseram que deveria ter acontecido antes e pontuaram que políticos como Renan Calheiros (PMDB) também deveria deixar o cargo que ocupa no Senado e acreditam até que o presidente em exercício, Michel Temer (PMDB) pode ser punido por envolvimento com esquema de corrupção.

Onaldo Queiroga disse que “nunca vimos tantos homens públicos presos por corrupção e ainda há quem acredite na impunidade, acredito que tudo isso passa por um processo cultural de nosso país, temos uma cultura desvalorizada e descredenciada, entregue aos interesses comerciais, basta ver como são nossos festejos juninos, vemos em praça pública pessoas bebendo e ouvindo músicas que falam em bebedeira e desvalorização das mulheres, isso não é cultura, não é nosso, não é nossa cultura”.

Dirceu Marques Galvão acredita que Temer também está envolvido em processos de corrupção e também terá que responder por isso. Cassimiro Júnior complementou dizendo que, além das suspeitas de crimes no STF, Temer também responde processo no Tribunal Superior Eleitoral e a chapa pode ser cassada. “O presidente me exercício responde por crime também, com a chapa de 2014, no TSE, e isso pode levar a cassação dele junto com a presidente Dilma, se isso acontecer, haverá eleição indireta com o Congresso Nacional votando para o novo presidente”, explicou Cassimiro.

Na linha sucessória da presidência da República está o presidente da Câmara dos Deputados, seguido do presidente do Senado, depois o presidente do Supremo Tribunal Federal.

Os convidados alertaram ainda para a necessidade das pessoas mudarem o ponto de vista sobre a política, Inaldo Dantas pontuou que os eleitores são o elo mais frágil na corrida eleitoral e, ao mesmo tempo, o mais forte, porque vota e escolhe os representantes do povo pelo próximo mandato. “As pessoas acabam se corrompendo com muita facilidade, por dinheiro no dia da eleição, por objetos ou promessas para quando o candidato, o mais chocante é que, muitas vezes, são os próprios eleitores procuram o candidato em busca de favores, isso tem que mudar, tem que haver mais conscientização das pessoas para mudarmos o país no futuro”, acrescentou Dantas.
Créditos: Polêmica Paraíba