DEP. AMEAÇADO DE MORTE: Bancada da bala quer porte de arma a deputado

Coordenador da chamada "bancada da bala" na Câmara, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) afirmou nesta quinta-feira (9) que vai apresentar um projeto de lei para liberar o porte de armas para os congressistas. A bancada é formada por 21 deputados que são ligados a área da segurança, como delgados, ex-policiais e militares. Eles comandam a chamada Frente Parlamentar pela Segurança Pública, que reúne mais de 200 deputados.

 

BALA

Da Folha de S.Paulo – Márcio Falcão e Ranier Bragon

Coordenador da chamada “bancada da bala” na Câmara, o deputado Alberto Fraga (DEM-DF) afirmou nesta quinta-feira (9) que vai apresentar um projeto de lei para liberar o porte de armas para os congressistas. A bancada é formada por 21 deputados que são ligados a área da segurança, como delgados, ex-policiais e militares. Eles comandam a chamada Frente Parlamentar pela Segurança Pública, que reúne mais de 200 deputados.

As justificativas apresentadas pelo deputado para a medida são as ameaças de morte recebidas por parlamentares após votações de matérias polêmicas. Ele contou que nesta quarta, após a polêmica votação do projeto que regulamenta a terceirização no país, foi alvo de ameaças de morte em suas páginas sociais.

Segundo o deputado, a ação também alcançou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Fraga afirmou que se houver deputado incomodado com uma eventual liberação para uso de arma de fogo, basta não utilizar.

“Antes que a imprensa comece a fazer seu carnaval, eu vou anunciar que vou entrar com o projeto de lei para permitir porte de arma para deputados federais. Quem não quiser, não use. Agora, se ministro tem direito, se juiz tem direito, se promotor tem direito, porque o deputado não pode ter direito?”, questionou o deputado.

Fraga disse que vai pedir à polícia legislativa que instaure inquérito para investigar as ameaças. “Fui ameaçado de morte e Vossa Excelência também. Tenho aqui os dados que apontam para isso, criaram um fake [perfil falso], mas o fato é que um senhor estava dizendo que Vossa Excelência seria o próximo a morrer após a votação do terceirizado”, disse o deputado, referindo-se a Eduardo Cunha. Eduardo Cunha não se manifestou.