no fim de semana

Conferência Estadual de Saúde da Mulher elege delegados para etapa nacional

A Conferência adotou como tema central a “Saúde das Mulheres: Desafios para a Integralidade com Equidade”

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Conselho Estadual de Saúde, promoveu, nos dias 22 e 23/7, a 1ª Conferência Estadual de Saúde da Mulher. O objetivo do encontro, que elegeu 36 delegados para a etapa nacional, foi discutir temas relevantes e elaborar propostas para a melhoria da saúde da mulher. As atividades aconteceram na Sala de Concertos Maestro José Siqueirae em outras cinco salas do Espaço Cultural, em João Pessoa, onde foram montados os grupos de trabalhos.

“Este evento foi um passo importante no controle social, onde tivemos a participação de representantes de movimentos de mulheres, gestoras, trabalhadoras. O intuito foi avaliar a política de saúde da mulher atual e pensar estratégias de enfrentamento aos problemas que ainda temos, a exemplo da morte materna, violência obstétrica, opressão e outras várias questões que precisam de avanço”, disse a secretária executiva de saúde, Maura Sobreira.

Maura comentou, ainda, que a política de saúde precisa apresentar respostas claras à mulher. “Somos maioria na sociedade e também nos serviços de saúde. A avaliação da Conferência é positiva, houve uma participação significativa e foram aprovadas 12 propostas que vão compor àquelas que serão encaminhadas para a etapa nacional”, explicou.

O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Eduardo Cunha, analisou que as propostas desenvolvidas na etapa estadual são relevantes e serão bem discutidas na etapa nacional. “As propostas são consistentes e merecem ser analisadas para, posteriormente, serem colocadas em prática como política de saúde da mulher pelo Ministério da Saúde. Com certeza, é um avanço, as conversas são extremamente importantes para que a mulher possa progredir em seus direitos e afirmativas no seu empoderamento”, ressaltou.

Participaram do evento os delegados que foram eleitos nas Conferências Municipais e nas quatro Conferências Macrorregionais em maio e junho passados (João Pessoa, Campina Grande, Patos e Sousa). Ao todo, foram 570 profissionais de todos os municípios do Estado e, destes, 36 foram eleitos para a 2ª Conferência Nacional de Saúde da Mulher (a primeira aconteceu em 1986).

“As discussões foram pertinentes e organizadas. Nossa luta é pela melhoria do acesso e assistência à saúde, pela garantia dos nossos direitos. Nós, mulheres, queremos ser tratadas, efetivamente, de forma igualitária”, observou a enfermeira da III Macrorregião Leiliane Cristina, eleita delegada para etapa nacional.

De acordo com a conselheira estadual de saúde (usuária) da II Macrorregião, Mãe Renilda Bezerra, também eleita delegada para a etapa nacional, a expectativa é que sejam implementadas todas as políticas propostas. “Vamos unir forças para que nossa voz seja ouvida em Brasília. As mulheres são as principais usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e, juntas, vamos lutar para que ele não acabe e, pelo contrário, seja fortalecido e tenha ainda mais qualidade para oferecer a toda população”, disse ela.

A Conferência Nacional de Saúde da Mulher está prevista para os dias 17 a 20 de agosto, em Brasília.

Conferência – Os profissionais (entre gestores, trabalhadores e usuários) trocaram experiências através dos grupos de trabalhos, partilhando casos exitosos, problemas vividos no dia a dia e, com isso, lançaram sugestões e possíveis soluções para a melhoria da saúde da mulher.

A Conferência adotou como tema central a “Saúde das Mulheres: Desafios para a Integralidade com Equidade”, a ser desenvolvido em um eixo principal e eixos temáticos. O eixo principal foi a “Implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Mulheres”. Já os eixos temáticos foram: Agroecologia, sustentabilidade e desafios para a saúde das mulheres; Adoecimento das mulheres na contemporaneidade; Violências nos ciclos de vida das mulheres e garantia da execução da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher (PNAISM); Políticas públicas para as mulheres: conquistas, desafios, vulnerabilidade e papel do Estado.

Fonte: Secom-PB