dois pugilistas

Ciro Gomes será candidato à presidência independentemente do que acontecer a Lula

O ex-ministro da Fazenda do governo Itamar Franco e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, almoçou com jornalistas cariocas no La Fiorentina, no Leme, Rio de Janeiro, a convite do dono do restaurante, Omar Peres. Ao lado do presidente do PDT, Carlos Lupi e de deputados do partido, depois de fazer uma breve introdução dos motivos que o levaram a ser candidato a candidato à presidência da República, ele passou a responder perguntas dos convidados. Os temas foram diversos, principalmente em torno de economia e política. Ciro Gomes disse que sua candidatura é irreversível e que irá concorrer com Lula dentro ou fora da disputa. Preso ou solto.


Ciro gomes com Cidinha Campos, deputados Zaqueu Teixeira e Bebeto, Carlos Lupi. Foto: SRzd

O ex-ministro da Fazenda do governo Itamar Franco e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, almoçou com jornalistas cariocas no La Fiorentina, no Leme, Rio de Janeiro, a convite do dono do restaurante, Omar Peres. Ao lado do presidente do PDT, Carlos Lupi e de deputados do partido, depois de fazer uma breve introdução dos motivos que o levaram a ser candidato a candidato à presidência da República, ele passou a responder perguntas dos convidados.
Os temas foram diversos, principalmente em torno de economia e política. Ciro Gomes disse que sua candidatura é irreversível e que irá concorrer com Lula dentro ou fora da disputa. Preso ou solto.

“Hoje eu poderia estar ganhando R$ 86 mil de pensão, e abri mão. Não tem processos contra mim e já enfrentei grandes desafios de peito aberto. Isto eu direi na campanha”, disse Ciro.

Na avaliação do ex-governador, no entanto, uma peça importante no xadrez é a possibilidade do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, fazer delação premiada. “Ele viveu o centro de tudo. Ele estava lá dentro. Se ele abrir a boca muita coisa pode acontecer. E irá abalar não só o povo da política como fora dela. Será que vão deixar o Palocci contar o que sabe?”, perguntou.

Indagado se ele acredita que as investigações da  Operação Lava Jato poderiam levar Lula à prisão, ele disse categoricamente que “não”. Ciro seguiu seu raciocínio: “Não é possível duas revistas semanais importantes do país botarem nas suas capas o juiz Sérgio Moro e Lula, como se fossem dois pugilistas. A posição do magistrado tem que estar acima e não como se fosse “inimigo” do réu”.

Ciro teme que se o depoimento de Lula for mantido para quarta-feira(10/05) possa haver confronto sério entre os aliados do petista e os opositores.
Mesmo que escape da Justiça, na opinião de Ciro Gomes, o próprio Lula verá que não valerá a pena concorrer. O cearense acredita, no entanto, que se Lula for candidato o seu espaço polítio ficará diminuído, mas que ele está preparado para tudo.

Sobre a “pecha” de ter pavio curto, Ciro disse que em nenhum momento demonstrou desequilíbrio quando foi ministro da Fazenda, nem quando foi prefeito ou governador. E isto é o que interessa. “No poder é que se avalia a capacidade emocional de uma autoridade”.

Ele ressaltou alguns episódios em que foi obrigado, na sua vida privada, que tomar posição mais forte. Numa delas quando sua cunhada ligou de madrugada para ele dizendo que manifestantes estavam em frente a casa do casal ameaçando fisicamente o o seu irmão. Ciro contou que estava dormindo e acordou assustado com e ligação. E, de imediato,  ele saiu de casa e foi, pessoalmente, ver o que está acontecendo. Ele enfrentou os “baderneiros”. E que lamentou não ter sido mais “incisivo” com os rapazes que insultaram seu irmão.

Veja o vídeo do que aconteceu na porta da casa do irmão de Ciro Gomes:

E, em outro momento, foi quando integrantes do grupo de direita MBL divulgou na internet que Ciro estaria num restaurante de São Paulo bebendo um vinho caro. “Eu sou do Ceará e lá é muito quente. Eu bebo cachaça…bebo uísque…mas não belo vinho. Como vocês estão vendo aqui..(Ciro só bebeu água) e ao invés de sair eu permaneci no local comendo minha refeição e não me mexi um milímetro…Não medo dessa gente”, continuou Ciro.

“De outra vez disseram que eu havia ofendido o prefeito João Doria”, prossegue Ciro. “Mas jamais eu diria o que me foi atribuído”, repudiou o pedetista. O que foi noticiado é que pré-candidato à Presidência, em evento da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, na noite de quinta-feira (27), teria chamada prefeito da capital paulista, João Doria, de “viado cheio de areia no cu”. Ciro negou ter dito, com veemência.

Já sobre economia, Ciro Gomes disse não ser possível os “bancos ganharem o que estão ganhando”. Respondendo a uma pergunta do ator Tonico Pereira, o pré-candidato disse que os juros tem que ser reduzidos imediatamente para ajudar a equilibrar a economia. E que um dos movimentos que fará para mostrar sua boa relação com o empresariado nacional é que pretende escolher um candidato à vice-presidente que vem da área produtiva.

Fonte: http://www.srzd.com/brasil/ciro-gomes-lula/